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Sergipe tem novo avanço na saúde e retoma transplantes de rim e fígado

Após 13 anos, Sergipe voltará a realizar transplantes de rim com doador falecido e anuncia, de forma inédita, a realização de transplante de fígado pelo SUS no estado

O Governo do Estado ampliou nesta quarta-feira, 3, diversos serviços hospitalares e marcou um avanço histórico para a saúde pública de Sergipe. Após 13 anos, será retomada a realização de transplantes de rim com doador falecido e, de forma inédita, será realizado o transplante de fígado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. A iniciativa representa esperança para os pacientes sergipanos que aguardam na fila nacional de transplantes, que hoje soma 79.851 pessoas.

“Acabamos de anunciar o retorno do sistema de transplantes em nosso estado. Desta vez, retomamos os transplantes renais, que voltam a ser realizados em Sergipe após 13 anos de espera. Esse marco significa mais desenvolvimento, mais esperança e mais qualidade de vida para tantos sergipanos que aguardavam por esse procedimento. É a chance de recuperar a liberdade, a saúde e a esperança de viver melhor aqui no nosso estado”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri.

Em 2024, Sergipe contou com 57 doadores de órgãos no Estado e, este ano, 37 doadores. Foram captados e ofertados para a Central Nacional de Transplantes 56 rins, 22 fígados, 142 córneas e quatro corações no ano passado. Já em 2025, até o dia 28 de agosto, foram captados 36 rins, 18 fígados, 97 córneas e quatro corações.

O transplante representa uma renovação de esperança e de melhoria da qualidade de vida para muitas pessoas. Frequentemente, os pacientes são de comunidades humildes, que, mesmo com o apoio do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), uma modalidade de assistência do Governo do Estado, que disponibiliza uma média de R$ 40 milhões por ano, encontravam dificuldades para acessar esse procedimento. Foi isso que afirmou o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandes.

“Hoje, a possibilidade de transplante se torna realidade para todos. O transplante é um serviço do SUS, e o Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo.  Reafirmo que Sergipe, embora o menor estado da federação, possui uma história importante no transplante. Somos o sexto estado no ranking nacional em transplante de córneas, por número de habitantes, a oitava posição em notificação e a décima em doadores efetivos”, informou Benito.

Contrato

Com um valor anual de mais de R$ 241 milhões, além da realização de transplantes de rim e fígado, o contrato realizado com Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia (FBHC) assegura também a realização de 691 procedimentos hospitalares por mês, sendo 8.292 ao ano, abrangendo especialidades de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, neurológicas, vasculares, ortopédicas e oncológicas.

Além disso, possibilita 14.516 atendimentos ambulatoriais mensais, chegando a 174.192 anualmente, incluindo consultas, exames e procedimentos que ampliam significativamente a capacidade de resposta do sistema de saúde.

A interventora do Hospital Cirurgia, Márcia Guimarães, ressaltou que a assinatura foi um marco importante para a saúde. “Estou extremamente comprometida para que este momento seja o reflexo de uma grande ação do Governo do Estado e da SES, promovendo uma assistência grandiosa aos pacientes renais e hepáticos. Fico muito feliz pelo Hospital de Cirurgia ter sido escolhido para cumprir essa missão, garantindo o retorno dos transplantes e uma assistência de qualidade a todos os pacientes”, disse a interventora.

Novo começo 

O presidente da Associação dos Pacientes Hepáticos e Transplantados de Sergipe, Gilberto Alves de Oliveira, que também é transplantado de fígado, agradeceu ao Governo do Estado e a todos que contribuíram para esse avanço em Sergipe. “É uma conquista de enorme importância, porque sabemos da dificuldade que é para o paciente ter que se deslocar para outro estado em busca de um transplante. Muitas vezes não há condições de arcar com essa viagem e a espera pode durar quatro meses, cinco meses, até um ano. A realização dos transplantes aqui em Sergipe muda essa realidade para melhor”, comemorou ele.

Quem também aprovou a iniciativa foi o presidente da Associação de Renais Crônicos e Transplantados de Sergipe, Elves Cavalcante. “É um verdadeiro impacto emocional para todos nós. Estou há dez anos transplantado e sei exatamente o que significa receber um rim. Agora, pela primeira vez, o estado realiza um transplante de rim na filantropia e, também pela primeira vez, um transplante de fígado”, celebrou.

Fonte: Sergipe Governo do Estado

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