Em Goiás, o sistema estadual tem estrutura para atender 4.896 pacientes, mas prefeitura e governo estadual cobram mais recursos do SUS para ampliar o atendimento
A Prefeitura de Goiânia estuda abrir um quarto turno de atendimento em unidades de hemodiálise para reduzir a fila de espera, que atualmente inclui 32 pacientes com doença renal crônica. O Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) não possui uma sala específica para o procedimento, e a capacidade municipal depende de dois hospitais públicos e nove clínicas particulares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Goiás, o sistema estadual tem estrutura para atender 4.896 pacientes, mas prefeitura e governo estadual cobram mais recursos do SUS para ampliar o atendimento. A Secretaria Estadual de Saúde defende também a adoção da hemodiálise peritoneal, modalidade em que o paciente realiza o procedimento em casa, como forma de reduzir a demanda nos hospitais.
A atenção ao tema ganhou reforço após a operação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) em agosto, que resultou na interdição parcial de cinco clínicas de hemodiálise em Aparecida de Goiânia, São Luís de Montes Belos, Goianésia, Iporá e Itumbiara. A ação da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) identificou irregularidades, como ausência de esterilização dos equipamentos e falta de técnicos qualificados para os procedimentos.
As clínicas interditadas foram obrigadas a apresentar Planos de Adequação para regularização, mas apenas as unidades de Aparecida de Goiânia e São Luís de Montes Belos enviaram os documentos, atualmente analisados pela Procuradoria Setorial. Pacientes que já realizavam os tratamentos nas unidades continuam sendo atendidos enquanto a regularização é verificada. A Suvisa prevê vistoria presencial após análise dos planos para garantir que os protocolos do Ministério da Saúde sejam cumpridos.
Fonte: Jornal Opção