Casal alertou seguidores sobre o diagnóstico da pequena Lara, de 3 anos
Junior Lima revelou que sua filha Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica, condição rara que afeta os rins, mas destacou que ela está respondendo bem ao tratamento.
A pequena Lara, filha de Junior Lima com Monica Benini, foi diagnosticada com uma condição rara: a síndrome nefrótica. O casal começou a suspeitar pouco tempo atrás que a menina de 3 anos estava com alergia. Ela chegou a tomar remédio para cuidar dos olhos, que estavam inchados. No entanto, eles não sabiam que esse é um dos principais sintomas da síndrome.
O termo síndrome nefrótica refere-se a um conjunto específico de características clínicas e laboratoriais de doenças renais. Especificamente, a síndrome nefrótica é definida pela presença de proteinúria (perda de proteínas na urina) intensa. A doença pode vir acompanhada de um inchaço e alterações nos níveis de lípides e colesterol.
André Pimentel, nefrologista e diretor técnico da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), explicou em entrevista ao Terra que a principal causa de lesão nos glomérulos é a chamada doenças por lesões mínimas, responsável por 90% dos casos de síndrome nefrótica em crianças menores e mais de 50% em crianças maiores.
“Os glomérulos são filtros dentro dos rins que funcionam como uma barreira eficiente à filtração de proteínas e quando esta barreira é danificada ocorre perda de proteínas na urina (proteinúria). A proteinúria é constituída principalmente por proteínas filtradas do plasma (sangue), sendo a albumina a principal, com cerca de 20% do total de proteínas normalmente excretadas”, afirmou.
De acordo com o especialista, é importante ressaltar que a maioria das crianças não apresenta sinais ou sintomas decorrentes da proteinúria. Entretanto, é preciso ficar atento à urina ‘espumosa’, que chama muita atenção, e ao inchaço.
Sintomas de síndrome nefrótica
- Inchaço ao redor dos olhos, tornozelos e pés, devido à retenção de líquidos.
- Urina espumosa
- Ganho de peso
- Fadiga e perda de apetite
- Dor abdominal
“Não se sabe até o momento a etiologia desse dano na barreira de filtração glomerular e a sua observação é muito importante quando detectada num exame de urina comum. É preciso ficar atento às causas sistêmicas, situação na qual uma pessoa tem uma outra doença como, por exemplo, diabetes, pré-eclâmpsia, lúpus, algumas neoplasias, entre outros”, destacou.
Qual o tratamento para síndrome nefrótica?
Segundo Pimentel, a maioria das crianças com síndrome nefrótica primária que apresenta lesões mínimas responde à terapia com corticoides. Isso ocorre em 75% a 80% dos casos. “Tratar o inchaço e o excesso de líquidos é de fundamental importância com diuréticos associado à prevenção de eventos tromboembólicos, devido a redução do volume intravascular”, explicou.
Para que o tratamento seja bem-sucedido, é importante que a criança mantenha uma dieta adequada de proteínas que corresponda 130% a 140% da ingestão diária recomendada. O controle da síndrome deve ser periódico, acompanhado por exames laboratoriais até o desaparecimento da proteinúria.
“O principal risco é não responder a terapia com corticoides ou ficar dependente deles e isto provocar os danos que a corticoterapia em longo prazo podem causar. Outro dado importante diz respeito ao risco de eventos tromboembólicos e suas complicações. Há de salientar que, como o uso de corticoides é por longo prazo, há também o risco de infecções oportunistas, causadas por vírus, bactérias, entre outros.”, concluiu o especialista.
Fonte: Redação Terra