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Atraso em repasses compromete hemodiálise no Rio e ameaça atendimento de 3 mil pacientes

O alerta foi feito pela Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), que já identifica sinais de risco para a continuidade do tratamento

Quase três mil pacientes que realizam hemodiálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Rio de Janeiro podem ter o tratamento comprometido devido a atrasos nos repasses da Secretaria de Estado da Saúde. O alerta foi feito pela Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT).

Segundo a entidade, 17 clínicas enfrentam forte pressão financeira, já que o valor repassado pelo governo federal — R$ 240 por sessão — não cobre os custos reais, estimados em R$ 343. A diferença deveria ser compensada por meio do cofinanciamento estadual, destinado à prefeitura, responsável pelo pagamento final às unidades.

A ABCDT afirma que a crise se intensificou ao longo do último ano. Seis meses de repasses referentes a 2024, cerca de R$ 13 milhões, foram transferidos pelo governo estadual à prefeitura somente em janeiro deste ano. Ainda assim, clínicas relatam que o dinheiro não chegou ao destino final.

Além disso, os valores correspondentes aos meses de fevereiro a outubro permanecem pendentes, criando um acúmulo que compromete a manutenção das equipes, a compra de insumos e o funcionamento cotidiano das unidades.

A associação cobra providências imediatas do governo estadual e da prefeitura, alertando que qualquer paralisação tende a atingir diretamente milhares de pacientes renais crônicos que dependem do procedimento para sobreviver.

Tratamento vital

A hemodiálise é essencial para pessoas com insuficiência renal. O procedimento substitui temporariamente a função dos rins, filtrando toxinas, excesso de líquidos e equilibrando substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. Na maioria dos casos, o tratamento precisa ser feito três vezes por semana, em sessões que duram cerca de quatro horas.

Uma possível interrupção pode causar desequilíbrios graves no organismo e representar risco imediato à vida dos pacientes.

Fonte: Diário do Rio

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