Em 2025, estima-se que mais de 850 milhões de pessoas convivam com algum grau de comprometimento renal. Assim, esse cenário traz desafios para os sistemas de saúde, que precisam investir em prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos adequados. Saiba o que é a doença renal crônica e o que fazer para evitar.
A doença renal crônica é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essa condição ocorre quando os rins perdem, de forma progressiva e irreversível, a capacidade de filtrar e eliminar resíduos do sangue. Nos últimos anos, o aumento do número de casos está relacionado, principalmente, ao envelhecimento populacional e ao crescimento das enfermidades que afetam o sistema renal de maneira secundária, como diabetes e hipertensão.
Em 2025, estima-se que mais de 850 milhões de pessoas convivam com algum grau de comprometimento renal. Assim, esse cenário traz desafios para os sistemas de saúde, que precisam investir em prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos adequados. A atenção à doença renal crônica vai além do tratamento, englobando a adoção de hábitos saudáveis e o controle rigoroso das condições que levam ao declínio da função dos rins.
O que é doença renal crônica?
Os rins têm a função essencial de remover toxinas e excesso de líquidos do corpo, além de ajudar no controle da pressão arterial. Por isso, quando ocorre doença renal crônica, esses órgãos deixam de desempenhar suas funções de maneira eficaz, levando ao acúmulo de substâncias prejudiciais no sangue. Entre as causas mais recorrentes estão diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doenças autoimunes e infecções urinárias repetidas.
Os estágios da doença são classificados conforme a taxa de filtração dos rins. Nos estágios iniciais, geralmente não há sintomas visíveis, o que torna o diagnóstico difícil. No entanto, com o avanço do problema, sinais como inchaço, fadiga, diminuição da urina e pressão alta começam a aparecer, indicando a necessidade de acompanhamento especializado.
Quais são os principais fatores de risco e como preveni-los?
Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica estão relacionados, sobretudo, a outras doenças crônicas não transmissíveis. Entre os principais estão:
- Diabetes: causa comum de lesão nos vasos renais.
- Hipertensão arterial: pressão elevada pode danificar gradativamente os filtros renais.
- Histórico familiar de doença renal: genética influencia a predisposição à enfermidade.
- Uso prolongado de anti-inflamatórios: substâncias que podem agredir os rins.
- Obesidade e maus hábitos alimentares.
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Para diminuir o risco de desenvolver complicações renais, recomenda-se controle rigoroso do açúcar no sangue e da pressão arterial, além de acompanhamento médico periódico. Acesse exames de rotina, mantenha um estilo de vida saudável e fique atento aos sinais de alerta, especialmente se houver predisposição familiar.
Como adotar medidas de prevenção no cotidiano?
Prevenir a doença renal crônica depende da adoção de práticas que promovam o bom funcionamento de todo o organismo. A seguir, algumas estratégias recomendadas por especialistas:
- Mantenha-se hidratado: beba água regularmente, evitando tanto a desidratação quanto o consumo exagerado.
- Alimente-se de forma equilibrada: reduza o sal, evite alimentos ultra processados e priorize frutas, verduras e grãos integrais.
- Pratique atividades físicas: o exercício regular auxilia no controle do peso e da pressão arterial.
- Controle doenças crônicas: siga as orientações médicas para diabete e pressão alta.
- Evite automedicação: o uso indiscriminado de medicamentos pode prejudicar o funcionamento dos rins.
- Faça check-ups regulares: exames simples de sangue e urina ajudam a identificar precocemente alterações renais.
O acompanhamento médico é fundamental para adaptar essas medidas às necessidades individuais, especialmente para pessoas com fatores de risco já estabelecidos. Modificações simples na rotina podem contribuir de maneira significativa para a preservação da saúde renal ao longo das décadas.

Foto: Giro 10
Quando buscar orientação especializada sobre saúde dos rins?
O diagnóstico precoce da doença renal crônica aumenta as possibilidades de retardar sua progressão. Pessoas pertencentes a grupos de risco, como portadores de diabetes, hipertensão ou histórico familiar, devem realizar exames periódicos ainda que não apresentem sintomas. Em casos de inchaço persistente, alterações na urina ou cansaço frequente, a recomendação é buscar avaliação com um nefrologista, profissional especializado em rins.
A informação sobre a doença e o acesso a orientações confiáveis são aliados importantes no enfrentamento da doença renal crônica. Quanto antes forem identificadas as alterações, melhores serão as chances de manter a qualidade de vida e evitar consequências mais graves, como a necessidade de diálise ou transplante renal.
Conscientização, exames regulares e hábitos saudáveis formam os pilares para a prevenção. A proteção da função dos rins, portanto, exige não só cuidados médicos, mas também escolhas conscientes, que tragam benefícios para a saúde geral e o bem-estar de milhões de pessoas.
Fonte: Terra


