Há pessoas de outras cidades, que precisam sair das casas delas às 3h30, e, muitas vezes, sem tomar café da manhã
“A vida do paciente renal é complicada. Nós ficamos quatro horas em cadeiras tortas ou quebradas, com duas agulhas nos braços. Eu, por exemplo, moro em Sorocaba, saio de casa às 5h para estar às 6h no CHS. Outras pessoas saem às 3h30, pois vêm de outras cidades e, muitas vezes, sem comer”, relata Gezer Vaz, professor aposentado, que há sete anos faz três sessões de hemodiálise por semana no CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba).
Vaz mandou um vídeo ao SOS Leitor, do Portal Porque, no qual reclama da eventual falta de lanches para todos que seguem a rotina do tratamento no hospital. Segundo o professor aposentado, nos últimos meses, houve queda na qualidade do café da manhã entregue aos pacientes. Ele conta que a que havia uma variação nos recheios dos lanches, como carne moída, frango desfiado e frios, o que não vem mais ocorrendo com a mesma frequência.
Além disso, já houve improvisos nos quais foram servidos apenas pão com manteiga. Também cita a falta de pontualidade na entrega da refeição e de padrão, pois um dia o café está amargo, outro doce e aguado. Para ele, a empresa terceirizada contratada pelo hospital busca meios de não ficar no prejuízo, considerando o aumento nos preços dos alimentos. “Até o tamanho do pão diminuíram. Acho que é de caso pensado para tentar fraudar o contrato, mas nós pressionamos e não ficamos quietos.”
O Porque enviou perguntas à SES (Secretaria de Saúde de São Paulo), mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
Fonte: Portal Porque – Sorocaba e Região