
A partir desta sexta-feira começam os dias mais brandos da onda de calor no Rio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Isso não significa que vai ficar fresquinho: a previsão é que a máxima hoje chegue aos 38 graus — e não ultrapasse os 37 graus no sábado e no domingo —, mas haverá mais nebulosidade e até a possibilidade de chuva isolada.
Também de acordo com o Alerta Rio (da prefeitura), ventos úmidos do oceano vão influenciar o tempo, e o céu vai ficar parcialmente nublado — a previsão é de máxima de 36 graus no fim de semana. Ainda segundo o Alerta Rio, não há previsão de chuva, com ventos de fracos a moderados.
Cuidados na ida à praia
As praias cariocas são um dos principais atrativos da cidade, especialmente em dias de temperaturas muito altas. Mas, diante de um cenário de calor extremo, os especialistas alertam para os riscos da exposição, sem os devidos cuidados com a saúde, principalmente nos horários de pico de radiação solar, entre 10h30 e 15h30. Quadros como desidratação, insolação e exaustão térmica, que já ocorrem em indivíduos saudáveis, em pessoas com doenças pré-existentes, podem ser fatais. Idosos, crianças e pessoas com acometimento do sistema nervoso central que tenha dificuldade de sinalizar que está com desidratação, também são mais sensíveis.
O pior horário para ir à praia em períodos de calor extremo é a partir de 11h e até as 15h, quando a radiação solar é mais agressiva, segundo alerta o médico nefrologista da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Bruno Zawadzki. Idealmente, o melhor horário para frequentar a praia é até às 10h da manhã e depois das 16h, principalmente as crianças menores e idosos, que têm maior risco de sofrer desidratação.
— A exposição ao calor, associada ao estresse da desidratação, pode levar a um descompasso do coração em pessoas que possuem doenças crônicas cardiovasculares. Quem já teve um AVC pode desenvolver até um tumor no cérebro. Já um paciente renal crônico, que tem dificuldade de reter líquido e eletrólito, sobrecarrega o rim, que acaba fazendo um esforço a mais para funcionar, ficando mais suscetível à desidratação. Quanto mais intenso o calor, maior o risco para esse grupo — alerta o médico.
Fonte: Extra Globo