A Sociedade Paranaense de Nefrologia, e a Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), que representa 33 clínicas de diálise no Paraná, onde cerca de 7 mil pacientes recebem o tratamento que lhes garante a vida pelo SUS, estão em campanha para solicitar ao governo estadual que complemente a verba federal destinada ao financiamento dos serviços que garantem a oferta da diálise.
Dez estados do Brasil e o Distrito Federal já cofinanciam a Diálise, entre eles Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso do Sul, Amazonas, e Mato Grosso.
Um abaixo assinado será entregue em novembro ao secretário de saúde solicitando que o Paraná adote a mesma ação. O orçamento necessário é de apenas R$ 5 milhões mensais.
“Temos assistido a um agravamento da saúde renal da população, sobretudo dos que estão sendo acometidos por diabetes e hipertensão, doenças que causam 60% das lesões renais crônicas. Após a Covid, a doença renal vem crescendo vertiginosamente numa taxa de 5% a 10% ao ano e nós estimamos que em nosso estado 1,2 milhão pessoas já sofrem de doença renal em estágios iniciais enquanto a doença avança de forma silenciosa. Se essas pessoas não receberem o devido acompanhamento, muitas delas se tornam renais crônicas e passarão a depender da diálise ou de transplante para sobreviver.
Mas as clínicas estão sem capacidade de abrir novas vagas, recebendo apenas R$240 por sessão de diálise, sendo que a sessão já custa entre R$310 e R$340.
A defasagem da tabela SUS consequente à não correção de valores pelo Ministério da Saúde e a falta de cofinanciamento pelo estado do Paraná estão prejudicando a prestação de serviço de forma avassaladora. “Há pacientes, por exemplo, sendo tratados internados em hospitais, tendo um risco muito maior de adquirir infecções e com custos muito elevados por falta de novas vagas nas clínicas”, revela o médico e administrador hospitalar Ricardo Akel, vice-presidente Paraná da ABCDT – Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante.
Informações Assessoria de Imprensa
Fonte: Saúde Debate