O Instituto Nefrológico de Anápolis, em Goiás, é mais uma unidade de diálise que está fechando as portas. A clínica anunciou essa semana não ter mais condições financeiras de se manter em funcionamento e cerca de 90 pacientes terão que ser realocados em outra unidade.
Essa situação é reflexo da triste realidade que vivemos há alguns anos. Sem a priorização de políticas públicas que viabilizem a sustentabilidade da oferta do tratamento para os pacientes do sistema público de saúde, a continuidade do atendimento torna-se inviável. Há dois anos não temos o reajuste da Tabela SUS, fundamental para cobrir os custos do tratamento, e apesar de todas as ações que movimentamos em prol de melhorias para clínicas e pacientes, o Ministério da Saúde vem ignorando nossa causa e se recusando a priorizar nossos pleitos.
Sem o entendimento por parte dos governantes de que a diálise é vital para milhares de pessoas que dependem dessa terapia para sobreviver, corremos o risco frequente desse cenário se repetir ainda muitas vezes.