Morre paciente renal crônico que aguardava leito em Belém

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Rudson Ferreira, 27, estava internado há uma semana na UPA de Icoaraci. Ele precisava de um leito na UTI com hemodiálise do PSM da 14 de março.
Morreu na noite de domingo (8) o paciente Rudson Ferreira, 27 anos, renal crônico que estava há uma semana a espera de um leito no Pronto Socorro Mário Pinotti, em Belém. A Secretaria Municipal de Saúde informou que Rudson estava cadastrado desde a última terça-feira (3) na central de regulação de leitos para um leito de UTI com hemodiálise. A Sesma disse ainda que o estado de saúde dele era grave e não havia a possibilidade de transferência, mas que estava recebendo o acompanhamento necessário.

Segundo a família, Rudson passou mal em casa na última segunda-feira (2) e foi levado para a UPA, onde teve uma parada cardiorrespiratória.
Por volta das 22h de domingo uma ambulância do Samu chegou para fazer a transferência dele para o PSM da 14, onde seria avaliado por um nefrologista. Cerca de 40 minutos depois o médico informou que o jovem não tinha condições de ser transportado, já que o quadro de saúde teria se agravado. Em seguida os parentes foram informados que Rudsson não resistiu.
Protesto
No sábado (7), familiares de Rudson bloquearam as duas vias da avenida Augusto Montenegro durante um protesto por uma transferência para um hospital onde o paciente pudesse ser submetido ao tratamento de hemodiálise.
A irmã de Rudson, Carla Rodrigues, lamentou o caso e também a ação policial. "Com o protesto tivemos uma resposta imediata, mas do secretário de segurança pública, que destacou policiais militares e a Rotam, que usaram balas de borracha e spray de pimenta para dispensar os manifestantes. Parabenizamos o secretário de segurança pública pela eficiência e desejamos que o secretário de saúde tenha ao menos metade do empenho dando uma resposta, ou melhor, uma solução", relata uma carta de indignação escrita pela jovem.
Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que houve uma tentativa de negociação para a liberação da via, mas os manifestantes mantiveram o bloqueio e foi necessário o uso de meios legais para o controle de distúrbios e a garantia do direito de ir e vir de transeuntes e condutores e a volta à normalidade do tráfego.
Fonte: G1 – 09/11/2015

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