Mário Palmério Hospital Universitário está credenciado para transplantes renais

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Desde a inauguração do MPHU, a equipe trabalha na sensibilização da população quanto à importância e à necessidade da doação de órgãos
O Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) está credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para transplantes renais. É o único hospital privado credenciado no município, conforme as portarias nº 585 e nº 586 do Ministério da Saúde.
“A partir de agora, faremos um trabalho interno de estruturação dos setores do hospital para garantir materiais, adaptação do centro cirúrgico e do setor de hemodiálise. Esperamos estar com tudo pronto em três meses para criar a nossa lista, divulgar o atendimento e oferecer uma nova oportunidade à população”, salientou o presidente do Mário Palmério Hospital Universitário, médico Galvani Salgado Agreli.

A necessidade do transplante renal tem sofrido um aumento expressivo ao redor mundo, se considerada a frequência das doenças que levam à insuficiência renal crônica, como diabetes e hipertensão arterial. Membro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do MPHU, Thomson Palma, salienta que a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) estima a necessidade de 60 transplantes de rins por milhão de habitantes anualmente.
Segundo ele, a regional de transplantes (Triângulo Mineiro e Noroeste do Estado) abrange 87 municípios e 2 milhões e 500 mil habitantes. São 1500 pacientes realizando hemodiálise e, destes, 500 estão inscritos na lista de transplante. “Apesar da demanda, no ano passado, apenas 44 pacientes foram transplantados, o que representa 17,6 transplantes por milhão de população por ano. Se considerarmos os indicadores da ABTO, precisaríamos de pelo menos 50 transplantes por milhão de população por ano. Os números são claros ao apontar a necessidade de mais doações e também de equipes credenciadas para a realização dos procedimentos”, frisou.
Thomson reforça que desde a inauguração do MPHU, a equipe trabalha na sensibilização da população quanto à importância e à necessidade da doação de órgãos. “A perspectiva é oferecer um serviço qualificado para a realização de pelo menos quatro transplantes de rins por mês, por meio do Programa Intervivos de transplante renal. Desta forma, contribuiremos para a redução da demanda regional”, finalizou Thomson.
Fila
Transplante. A fila do transplante é única, tanto para pacientes do SUS, quanto para pacientes de convênios ou particulares. Podem entrar na fila pacientes que estejam fazendo qualquer tipo de terapia renal substitutiva, pacientes que ainda não entraram na hemodiálise, mas que tem os rins funcionando a menos que 10% da capacidade e pacientes diabéticos ou menores de 18 anos que tenham os rins funcionando a menos que 15% da capacidade. Também existe uma indicação para não colocar nessa fila pacientes que não podem ser transplantados por conta de patologias associadas. A fila do transplante não obedece à ordem de chegada, mas segue critérios de compatibilidade, de tempo na lista de espera, de sensibilização anterior, se o paciente é diabético e também de idade. É importante salientar que essa fila é para os rins provenientes de pessoas que tiveram morte cerebral. Para mais informações o email é [email protected].
Fonte: Jornal de Uberaba – 30/07/2015

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