Falta de remédio prejudica pacientes que fazem hemodiálise em Jundiaí

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Paciente com diabetes também enfrentam o mesmo problema. Prefeitura alega que houve um atraso da entrega do laboratório.
A falta de um medicamento coloca em risco o bem estar de pacientes que fazem hemodiálise emJundiaí (SP). O remédio, que deve ser usado logo após o procedimento com o objetivo de evitar complicações, como, por exemplo, a anemia, está em falta há quase dois meses. Pacientes com diabetes também enfrentam o mesmo problema. Os casos foram encaminhados para a Justiça pela Defensoria Pública da cidade.
Toda semana o aposentado Vitor Forti vai a unidade de saúde do Jardim Tulipas em busca do remédio, mas, há quase dois meses, a resposta sempre é a mesma. "Eles falam que não tem o remédio e não tem previsão de chegada. Ninguém informa nada de data de chegada, quando vai ter o remédio, então ficamos nessa." A medicação é para controlar a diabetes.

O operador de máquinas Francisco Alves também esteve na unidade de saúde à procura do mesmo medicamento. Ele passa pela mesma situação que Vitor, não consegue retirar o remédio há quase dois meses. "Eu acho um descaso, eu pago os meus impostos em dia e quando vai pegar uma coisa, que eu já paguei, não tem", lamenta.
Vinicíus Orlandini representa 400 pessoas da Associação dos Renais Crônicos de Jundiaí. Ele conta que há um mês a Diretoria Regional de Saúde de Campinas (SP), órgão do Governo do Estado, não envia a medicação que deve ser tomada logo após a hemodiálise e, sem ela, os pacientes podem ter complicações e até morrer. "Como o rim não produz hemoglobina, ou seja, sangue, você vai ficando anêmico a ponto de ter que tomar bolsas de sangue e até, talvez, transfundir, e corre risco, inclusive, de falecimento".
A Defensoria Pública vai analisar o caso e vai pedir explicações ao Governo do Estado e ao município sobre a falta dos remédios. Os pacientes que se sentirem prejudicados devem procurar o primeiro atendimento no órgão.
De acordo com a defensora pública Ana Paula Milanezi, nos últimos cinco meses do ano passado, a Defensoria Pública entrou na Justiça com163 ações para garantir medicação aos pacientes. Neste ano, até agora, já são 76 ações. "O direito a saúde é um direito garantido constitucionalmente, qualquer violação a este direito e passível de apreciação do judiciário. Então, a Defensoria pode tomar as medidas cabíveis junto com o judiciário", esclare.
Outro lado
A Prefeitura de Jundiaí e o Governo do Estado explicaram que o medicamento está em falta, porque houve um atraso da entrega por parte do laboratório. Uma nova compra já foi feita e até esta sexta-feira (6) a situação deve ser normalizada na cidade.
Os pacientes que não conseguirem retirar o medicamento, podem procurar a Defensoria Pública, porque o órgão pode entrar com um pedido na Justiça exigindo a entrega o mais rapido possível. Em Jundiaí, a Defensoria Pública fica na rua Marechal Deodoro da Fonseca, 646, no Centro. O atendimento é organizado com distribuição de senhas das 8h às 9h.
Fonte: G1 – 09/03/2015

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