Pacientes de hemodiálise estão sem transporte da prefeitura na Zona Oeste do Rio

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Motoristas que fazem o transporte dos pacientes estão sem trabalhar. Segundo eles, repasse da prefeitura à OS não acontece há três meses.
Motoristas que fazem o transporte de pacientes de hemodiálise na Zona Oeste estão sem trabalhar, devido à falta de repasse de verbas da Prefeitura do Rio. Por causa da falta de dinheiro, os pacientes acabam sendo os mais afetados.
A paciente Solange de Souza, de Campo Grande, na Zona Oeste, conta que não consegue fazer hemodiálise desde a semana passada. A próxima sessão seria nesta quinta-feira (29), mas não tem perspectivas de conseguir transporte.
“Sem o tratamento, fico cansada, com falta de ar, não consigo andar muito. Tenho dificuldade no ônibus por causa do acesso que tenho no braço, que vaza muito e nem posso estar dobrando o braço. No ônibus, ninguém me dá lugar para sentar e fico passando mal, debilitada. Não tenho dinheiro para ir fazer a diálise em São Cristóvão (Zona Norte). Só consegui vaga lá e estou com medo de perder essa vaga por estar faltando. Isso está me prejudicando”, disse Solange.
Além dos pacientes de Campo Grande, o problema da falta de transportes também atinge moradores de Barra de Guaratiba, Cosmos, Guaratiba, Senador Vasconcelos e Pedra de Guaratiba. Todos fazem parte da OS Iabas, que atende essa região, mas que não está recebendo os repasses da prefeitura nem pagando os motoristas.
Um dos motoristas de pacientes, que está sem receber, enviou um áudio para ao Bom Dia Rio reclamando da situação.
“ Estamos sem transportes, desde o dia 17, dos pacientes de hemodiálise, devido à falta de repasse entre a prefeitura e a OS Iabas. Três meses que eles não repassam para a empresa. E a empresa não tem recursos para arcar com a despesa, combustível, posto para pagar, funcionários, áreas excedentes. Estamos no aguardo aí para voltar o mais rápido possível”, contou o motorista.
A prefeitura disse que está se empenhando para poder fazer esses pagamentos, mas não tem ainda uma previsão de quando isso vai acontecer. A prefeitura disse também que as unidades de saúde não podem negar atendimento.
Segundo Lorrane, para levar a mãe que precisa de hemodiálise de Campo Grande para São Cristóvão, custa em torno de R$ 150 para ir e R$ 150 para voltar de São Cristóvão.
“Com certeza não temos esse dinheiro para fazer esse tratamento três vezes por semana”, disse a filha.
Lorrane conta que a mãe ficou um mês esperando o vale-transporte especial porque a Clínica da Família estava sem atendimento devidos aos salários atrasados. Ela teve a confirmação de que vai ter o vale-transporte especial na terça-feira (27), mas ainda tem de aguardar a chegada do Riocard.
Fonte: G1 – https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/11/28/sem-pagamento-motoristas-que-transportam-pacientes-de-hemodialise-na-zona-oeste-estao-sem-trabalhar.ghtml – 28/11/2018