Greve dos caminhoneiros afeta clínicas de diálise

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Sem a entrega de insumos, pacientes renais podem ficar sem tratamento com risco de morte.
A greve dos caminhoneiros que entrou no seu quarto dia nesta quinta-feira (24/05/2018) pode atingir o tratamento dos pacientes renais. As clínicas que fazem o tratamento de hmodiálise e mantêm a vida de mais de 110 mil pacientes renais começam a serem afetadas.
No caso das clínicas de diálise o problema não é apenas econômico, são várias vidas que estão em jogo. Pois para a realização de uma sessão de hemodiálise são necessários vários materiais e a falta de um deles, por menor que seja, impede a realização do procedimento. E os pacientes renais crônicos dependem única e exclusivamente das sessões de hemodiálise para sobreviver. O setor está em alerta máximo, devido a peculiaridade do serviço de diálise, sua continuidade e fragilidade do paciente.
É preciso que as autoridades deem uma atenção especial para esta situação, pois o setor pode entrar em colapso, com grande prejuízo à população assistida. Caso o Governo Federal, assim como o Ministério Público Federal não interfiram, milhares de vidas correm risco de morte.
A Associação Brasileira dos Centros de diálise e Transplante – ABCDT faz um apelo à organizadora da paralização, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros –ABCAM, que considerem a fragilidade deste setor e o tratem de maneira especial, permitindo que os caminhões que transportam cargas com insumos e medicamentos passem pelas barreiras e cheguem até as clínicas.
Mas é muito importante ressaltar que mesmo que os caminhões consigam passar pelas barreiras, ainda enfrentarão o problema da falta de combustíveis. Com a paralisação, caminhões-tanque não conseguem chegar aos postos para repor os estoques e já falta combustível em diversas cidades do país e as filas nos postos estão só aumentando.
Somos solidários na busca de soluções para um país melhor, mas solicitamos que ocorra uma conduta que libere o fornecimento dos produtos para o tratamento dos enfermos.