Recebeu um rim da mãe e consegui ser mãe também

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No dia 20 de julho assinala-se o Dia do Transplante em Portugal. Neste dia, em 1969, realizou-se o primeiro transplante no País (precisamente o mesmo dia em que o Homem pisou a Lua).
A Sociedade Portuguesa de Transplantação assinala esta data com um evento dedicado aos transplantados que este ano terá como tema ‘A gravidez e os transplantes‘. É um facto: a fertilidade é mais reduzida nas mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica – entre 0,3 a 1,5 gravidezes todos os anos, por cada cem mulheres em idade fértil e submetidas a hemodiálise. E, ainda que o ratio continue a ser inferior ao verificado na população geral (10 gravidezes por cem mulheres/ano), entre as mulheres transplantada este é um valor que sobe: são 3,3 em cada cem mulheres transplantadas as que conseguem levar a cabo uma gravidez.
O transplante pode ou não impedir a realização do sonho de ser mãe? Segundo os especialistas, e de acordo com todos os casos de sucesso já registados, não: a percentagem de sucesso de uma gravidez após o primeiro trimestre em mulheres transplantadas é superior a 90 por cento.
Bárbara tem 46 anos e já foi submetida a dois transplantes de rim. Tinha apenas 25 anos, prestes a terminar a faculdade, quando descobriu, por acaso, que sofria de Nefropatia por IgA, também chamada de Doença de Berger. “Estava em lista de espera para ser operada a um ouvido, e quando me chamaram para fazer as análises de pré-internamento detetaram tensões perfeitamente exageradas, tipo 23. Fiquei imediatamente internada para perceberem o que se passava. Fizeram uma série de exames e só depois de uma biopsia descobriram que tinha uma Nefropatia por IgA, uma doença autoimune em que os meus anticorpos destroem o rim.”
Fonte: Delas – http://www.delas.pt/ser-mae-depois-de-um-transplante/ – 20/07/2017