O Hospital Maria Lucinda (HML) foi reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com alta conformidade na Avaliação Nacional das Práticas de Segurança dos Pacientes 2024, especificamente no serviço de diálise da unidade. Este resultado atesta a qualidade dos protocolos adotados para promover um cuidado seguro e eficaz aos pacientes renais crônicos atendidos exclusivamente pelo SUS.
A avaliação da Anvisa analisa 18 indicadores de estrutura e processo, baseados na RDC n°36/2013, que institui as ações de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde e em outras normativas federais. Entre os critérios observados estão a higienização das mãos; identificação segura dos pacientes; prevenção de quedas; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; controle de infecções; qualidade da água usada na hemodiálise e prevenção de doenças como HIV e hepatites.
Atualmente, o serviço de hemodiálise do HML realiza cerca de 2.700 atendimentos por mês e funciona de segunda-feira a sábado, das 6h às 21h. A equipe multidisciplinar é formada por médicos e enfermeiros nefrologistas, técnicos de enfermagem, psicólogo, nutricionista e assistente social.
“A segurança do paciente é fundamental para evitar danos aos usuários, melhorar a qualidade do atendimento e reduzir custos. A cada protocolo seguido e ação realizada, pensamos em como ofertar a melhor experiência possível ao paciente que tem que ir, no mínimo, três vezes por semana, realizar hemodiálise. Atingir a meta de alta conformidade na Anvisa nos alegra e nos anima a continuar executando um trabalho de qualidade aos doentes renais crônicos”, afirma a responsável técnica de Enfermagem da hemodiálise do Hospital, Regina Lira.
O processo de avaliação tem início com o preenchimento de um formulário eletrônico contendo 18 indicadores, que é realizado pelos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) e profissionais responsáveis pela prevenção e controle de infecções dos serviços de diálise. Essa iniciativa teve início em 2022 e está apoiada no Plano Integrado de Gestão Sanitária da Segurança do Paciente 2021-2025 e é coordenada pela Gerência de Vigilância em Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS) em parceria com os NSP VISA e as Coordenações Estaduais/Distrital de controle de infecções.
Esta é uma estratégia para a promoção da cultura da segurança, uma vez que enfatiza a gestão de riscos, o aprimoramento da qualidade e a aplicação das boas práticas em serviços de saúde. Após análise documental, são realizadas visitas in loco em uma amostra de serviços participantes para verificar evidências de implementação dos indicadores. Os resultados são consolidados pelos estados/DF e encaminhados à Anvisa para consolidação final e publicação do Relatório Nacional.
Em atendimento há dez anos no setor, o paciente Jânio Salvino, de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, reconhece a importância de cuidar da saúde e de ser cuidado. “Sem esse tratamento aqui a gente não sobrevive . Somos muito bem atendidos. Se a gente precisa de alguma coisa, alguém corre pra ajudar, não deixa a gente passar dificuldade”, reflete.
A paciente Ana Paula Lemos, reitera a necessidade de uma assistência humanizada. “Esse tratamento é muito importante porque nos dá uma qualidade de vida a mais, já que temos o problema renal. Aqui a equipe é muito boa. Os médicos e técnicos de Enfermagem são atenciosos. Com a permissão de Deus, estamos aqui cuidando da nossa saúde e aguardando o transplante”, comenta.
Em 2024, 558 serviços de diálise que prestam assistência aos pacientes com Doença Renal Crônica participaram da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente. Isso corresponde a 63% dos serviços de diálise do país nesse processo avaliativo.
O Relatório da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente- Serviços de Diálise– 2024 (ANO III) aponta que o conteúdo é fundamental para orientar tomadas de decisão em serviços dessa natureza. “A Anvisa enseja que a divulgação dos dados e informações constantes no presente documento, de forma objetiva e transparente, possam apoiar os serviços de diálise, além de permitir que toda a sociedade, conheça esta atividade, cujos indicadores avaliados estão em consonância com as melhores práticas, e a melhor compreender os resultados da Avaliação alcançados no ano de 2024. Esse conhecimento pode orientar a tomada de decisões no serviço de diálise, e nos níveis municipal, estadual/do Distrito Federal (DF) e nacional, com vistas à melhoria da conformidade dos indicadores avaliados, além de qualificar o processo de gestão”.
Fonte: Concelho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS