Mais uma grave situação de atrasos de repasse pelas Prefeituras dos serviços de diálise prestados por clínicas pelo Brasil.
Em Guarulhos (SP), 1.000 pacientes podem ficar sem hemodiálise por conta da suspensão dos pagamentos a três clínicas do município. O Governo Federal enviou quase R$ 5 milhões para garantir os atendimentos, mas o dinheiro ainda não chegou ao destino. Sem recursos, as unidades podem fechar, deixando pacientes sem esse tratamento essencial que lhes garante a vida.
O cenário se repete em Nilópolis (RJ), onde a clínica Hemodinil já acumula R$ 732 mil em dívidas por falta de pagamento da Prefeitura. Enquanto isso, pacientes renais correm risco diante da incerteza da continuidade do tratamento.
Para o presidente da ABCDT, Dr. Yussif Ali Mere Júnior, “A ausência de penalizações para os gestores que descumprem o prazo agrava ainda mais o problema. É inadmissível que clínicas especializadas, que prestam serviços essenciais para a sobrevivência dos pacientes renais, sejam prejudicadas por atrasos no pagamento. O paciente renal não pode esperar. Cada sessão tem o custo de equipamento, insumos, equipe, que estão sendo pagos, mas sem o recebimento do valor devido as clínicas entram em colapso”.
A ABCDT segue atuando para que situações como essa parem de se repetir frequentemente. Quem depende da hemodiálise precisa de segurança, não de incertezas!