Associação Brasileira das Clínicas de Diálise e Transplante (ABCDT) denuncia um atraso de mais de R$ 8 milhões nos pagamentos
As recentes declarações sobre a situação financeira de Goiânia revelam um cenário preocupante para o setor de saúde. De um lado, a Associação Brasileira das Clínicas de Diálise e Transplante (ABCDT) denuncia um atraso de mais de R$ 8 milhões nos pagamentos às clínicas que prestam atendimento a cerca de 1.800 pacientes renais crônicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De outro, o relatório final da Comissão de Transição da Prefeitura de Goiânia aponta um déficit total de aproximadamente R$ 3,4 bilhões, com dívidas expressivas concentradas na Comurg (R$ 2,35 bilhões) e na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) (R$ 609 milhões).
A crise expõe a fragilidade financeira da capital e reforça a urgência de ações concretas para evitar colapsos em setores essenciais, como saúde. Em release enviado à imprensa goiana, a ABCDT alerta que, sem uma solução imediata, o impacto pode ser devastador para pacientes e para o sistema público de saúde local.
Já a Prefeitura de Goiânia informou que está analisando toda a situação para adotar medidas que garantam a regularização dos pagamentos e a manutenção dos serviços essenciais.
Situação das Clínicas de Diálise
• Impacto direto: As clínicas alertam para o risco de fechamento, comprometendo o tratamento vital de pacientes que dependem de sessões regulares de hemodiálise.
• Atraso no pagamento: Apesar do repasse regular do Ministério da Saúde, a prefeitura tem acumulado atrasos superiores a três meses.
• Medidas planejadas pela ABCDT: A entidade pretende acionar novamente o Ministério Público e o Ministério da Saúde, além de sugerir intervenção do Governo Estadual para garantir a continuidade dos serviços.
O que diz o relatório de transição
• Dívidas acumuladas: O documento apresentado pela nova gestão da prefeitura detalha débitos que somam mais de R$ 3,4 bilhões.
• Maiores credores: A Comurg lidera com R$ 2,35 bilhões, seguida pela Secretaria de Saúde (R$ 609 milhões) e pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde (Imas) (R$ 226 milhões).
• Problemas estruturais: O relatório destaca que algumas dívidas não foram sequer empenhadas, dificultando o fechamento das contas.
Fonte: Girogo Notícias