Dia Nacional da Diálise: profissionais da Renal Vida de Brusque explicam cuidados e detalhes do procedimento

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Foto: Otávio Timm/ O Município

Clínica promove neste ano a campanha “A Diálise Não Pode Esperar”

Nesta quinta-feira, 29, será celebrado o Dia Nacional da Diálise, uma data que tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças renais e a importância de preveni-las para evitar o agravamento da condição, fatores de risco, comorbidades e a necessidade da diálise.

Em entrevista ao jornal O Município, o coordenador de enfermagem Paulo Cezar Viana Coutinho e a nutricionista Caroline Pozzi Vanelli, ambos da Clínica Renal Vida, localizada no bairro Azambuja, compartilharam detalhes sobre o procedimento de diálise e destacaram medidas preventivas para que as pessoas possam evitar a dependência desse tratamento vital.

Campanha

A campanha a nível nacional “A Diálise Não Pode Esperar”, com o tema “Diálise: Não apenas um tratamento, uma ponte para a vida”, busca chamar a atenção para a urgência do cofinanciamento pelos estados e municípios, essencial para a continuidade dos serviços de diálise em todo o Brasil.

“O financiamento do SUS tem se mostrado insuficiente diante do crescente número de pacientes que dependem desse tratamento vital”, este é um fato comum às clínicas de dialise no país.

Outro ponto crítico destacado pela campanha é a necessidade de garantir a pontualidade nos pagamentos às clínicas, que frequentemente enfrentam atrasos de meses nos repasses do Ministério da Saúde.

“Esses atrasos ocorrem porque alguns estados e municípios, responsáveis por transferir os recursos mensalmente, retêm os valores por períodos prolongados, agravando a situação das unidades de saúde e comprometendo o atendimento aos pacientes”, complementa.

Diálise

A diálise é um procedimento artificial que remove os resíduos e a água em excesso no sangue. As duas principais formas de diálise são a diálise peritoneal e a hemodiálise.

A hemodiálise acontece fora do organismo, pela filtração do sangue através de uma máquina enquanto a diálise peritoneal ocorre no interior, pela infusão de líquido de diálise na cavidade abdominal.

“Ambas as modalidades de diálise são eficazes no tratamento da doença renal. A escolha entre estes dois tipos de tratamento depende, principalmente, das suas escolhas em termos de estilos de vida, mas também do seu estado clínico geral”, explica Paulo.

A hemodiálise ou diálise peritoneal, normalmente é indicada quando existe uma falência temporária ou permanente dos rins.

“Isso pode acontecer em decorrência de outras doenças como: rins policísticos, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares graves, uso inadequados de medicamentos, doenças autoimunes entre outros. A prevalência do perfil é masculina com faixa etária acima de 40 anos”, complementa Caroline.

Algumas causas são de difícil controle como as doenças autoimunes e hereditárias.
E nas demais situações que podem evoluir para Doença Renal, seguem alguns cuidados:

  • Controlar a pressão arterial;
  • Controlar a glicemia;
  • Ter uma alimentação saudável (reduzir o consumo de proteína e de sal);
  • Perder peso, em caso de sobrepeso ou obesidade;
  • Realizar pelo menos 3 sessões de 30 minutos de exercícios aeróbicos semanalmente
  • Deixar de fumar;
  • Evitar o uso indiscriminados de medicamentos, sem prescrição médica como o caso de alguns anti-inflamatórios.

Renal Vida

A clínica oferece diversos serviços, incluindo tratamento conservador, atendimento a pacientes renais em estágios avançados da doença (antes de iniciar a diálise), hemodiálise, diálise peritoneal, além de encaminhamento pré-transplante renal e pancreático, quando indicado. Atualmente, 98% dos pacientes são atendidos pelo SUS, e os outros 2% por convênios.

“O diagnóstico é realizado nas Unidades Básicas de Saúde, através de exames de rotina, ou em hospitais, quando o paciente já se encontra em estágios avançados da doença. Nesses casos, o paciente é encaminhado para acompanhamento com um médico nefrologista, sendo direcionado à clínica conforme a necessidade”, diz o coordenador.

Segundo Caroline, a importância do tratamento é enorme, pois é ele que mantém o paciente vivo. Em situações de não aderência ou recusa ao tratamento, o paciente corre risco de morte.

Os procedimentos realizados na clínica são distribuídos em 5 turnos, sendo 3 deles na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Os outros dois são realizados nas terças-feiras, quinta-feira e sábado, atendendo em um total de 125 Pacientes, que realizam sessões de hemodiálise 3 vezes por semana de 3 a 4 horas.

O atendimento da hemodiálise começa às 5h da manhã. Estão em diálise peritoneal atualmente 3 Pacientes, e, 40 em atendimento ambulatorial. A clínica disponibiliza atendimento multiprofissional que corresponde com: 1 médico nefrologista, equipe de enfermagem, psicóloga, serviço social e nutricionista.

Fonte: Jornal O Município