ABCDT reforça diálogo com Secretaria de Saúde de Porangatu (GO)

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Na mesma data, o órgão quitou os débitos de junho, acertou fatura extra dos custos com a pandemia do coronavírus e se comprometeu a manter os repasses em dia

A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) participou de reunião com a Secretária Municipal de Saúde de Porangatu (GO), nesta terça-feira (27), para sensibilizar os gestores sobre a importância do financiamento adequado para o setor. Entre os presentes, estavam, a prefeita Vanusa Valadares, o secretário de Saúde, Rafael Cândido Miguel, alguns vereadores, membros do Conselho de Saúde e da Secretaria de Finanças. Após entender a operação e os desafios da clínica que presta serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, a Secretaria se comprometeu a respeitar o prazo legal dos pagamentos, com a liberação em 5 dias úteis, conforme previsto em Portaria ministerial.

 

O crítico cenário da diálise no Brasil foi apresentado por Fabrisia Coelho, gerente da ABCDT, com posteriores esclarecimentos, por parte da coordenadora da Nefrologia da SES, Helia Alves, sobre aspectos técnicos que estavam desalinhados. Como resultado, a Clinorte, representada por um dos seus proprietários, Cristiano de Araújo Almeida, e pela auxiliar administrativa, Angélica Lobo, teve regularizados a questão dos exames laboratoriais, além de promessa de liberação da fatura extra de R$ 167 mil, para equilibrar custos extras decorrentes da pandemia. O recurso havia sido liberado em dezembro pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria 3822/20.

 

Na visão de Cristiano, a reunião foi muito produtiva, pois foram esclarecidos pontos que causavam prejuízos financeiros para a clínica, inclusive o reconhecimento do município que os exames complementares devem ser contratados pela clínica e pagos pelo gestor. Para finalizar a reunião, Neci Gomes da Silva, tesoureira da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (FENAPAR), fez um discurso emocionante sobre a desafiadora rotina dos renais crônicos, registrando que a burocracia e os processos devem ser seguidos, mas que a prioridade deve ser a vida desses pacientes, que três vezes por semana passam quatro horas em uma máquina para garantir a filtragem do sangue.