Após proposição do vereador Dudu (PT), a Câmara dos Vereadores realizou uma audiência pública com o objetivo de discutir soluções para a falta de medicamentos para os pacientes renais. Como encaminhamento, fico definido a realização de uma força tarefa envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) e os pacientes para que seja normalizada a distribuição dos remédios o mais breve possível.
O Presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Estado do Piauí (APREPI), Luiz Filho, fala do sofrimento dos pacientes devido à falta de medicamentos que são fundamentais para a realização do tratamento. Estamos sofrendo por causa da falta da medicação por mais de seis meses. É muito doloroso a pessoa ter que se submeter três vezes por semana a uma sessão de hemodiálise. Além da gente ter a preocupação com a nossa doença em si, ainda temos que se preocupar se teremos acesso a medicação ou não. No Piauí temos mais de 2800 pacientes renais onde cerca de 70% não possuem a menor condição de comprar o próprio remédio. Então, pedimos que os órgãos responsáveis tenham mais respeito com os pacientes”, criticou o presidente da APREPI, Luiz Filho.
Participaram da reunião, representantes do Ministério Público Federal (MPF), OAB-PI, Fundação Municipal de Saúde (FMS), Secretaria estadual de Saúde (Sesapi), Associação dos Pacientes Renais e sociedade.
Dudu fala sobre os encaminhados da reunião com o objetivo de destravar a distribuição dos remédios. “Ficou definido que será realizada uma força tarefa da Sesapi em conjunto com os pacientes para que em breve possa ser destravada a distribuição. A secretaria informou que os medicamentos já estão em estoque e agora se faz necessário realizar os tramites para liberá-lo para as clinicas que fazem hemodiálise em Teresina. Então, tivemos uma audiência bastante produtiva e espero que a partir de agora a gente tenha uma maior celeridade para melhor atender os pacientes”, disse o vereador.
Valdenice da Silva é pacientes renal há mais de cinco anos, e afirma que o atraso na entrega vem acarretando em sérias consequências a sua saúde. “Estou cheia de dores, anemia, minha hemoglobina está totalmente baixa, tudo isso por causa da medicação. Devido a esses fatores o médico falou que vou ter que tomar uma bolsa de sangue, o que vai prejudicar a realização do meu transplante. Faço um apelo aos órgãos para que cumpram com as promessas de regularizar a distribuição dos medicamentos”, afirmou a paciente.
Fonte: Diário do Povo – https://www.diariopiaui.com/falta-de-medicamentos-para-pacientes-renais-e-discutida-na-camara/ – 06/06/2019