Voluntários da APAR fazem a diferença na vida de doentes renais

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Psicólogos, nutricionistas, advogados e assistentes sociais se solidarizam com quem espera por uma nova chance de vida.
Há 22 anos profissionais de diversas áreas são voluntários da Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (APAR), contribuindo no tratamento e na luta diária que é a vida dos doentes renais. As informações são da NSC TV.
A espera por um órgão vital não é fácil. Quando os rins não funcionam direito, o paciente, além de ter que esperar na fila do transplante, tem que se submeter à hemodiálise, procedimento que exige horas da pessoa que fica presa à máquina responsável pelo trabalho dos rins.
É a partir deste momento que o paciente mais precisa de apoio, como o de Humberto Floriano Mendes, presidente da APAR. Para ele, “devolver à sociedade aquilo que nós recebemos”, é a missão que norteia os trabalhos da associação.
Todos os voluntários são transplantados. E, em um gesto de agradecimento por hoje ter um novo rim, se engajam na ideia de doar o próprio esforço.
— Mostrar para as pessoas que estão em fila de hemodiálise que tu tá transplantado, tu tá bem e que eles podem também transplantar e ter uma vida normal — comenta o voluntário Paulo Marques.
Doação de órgãos faz de Santa Catarina referência em solidariedade
Atendendo cerca de 30 pessoas por mês, a assistente social Jéssica Bieger e a psicóloga Victória Nicolosi recebem os pacientes renais e relatam que muitos deles acabam descobrindo direitos que nem cogitavam ter. As duas profissionais dão assessoria de benefício previdenciário, tiram dúvidas sobre transporte e a questão de saque de FGTS, por exemplo.
— A pessoa fica muito sensibilizada, não entende o que que tá acontecendo, então o trabalho é até orientar um pouco, situar dentro da questão da doença renal e também trabalhar com todas as frustrações e expectativas — explica Victória.
A nutricionista Susane Fanton também faz parte da associação e acompanha de perto pacientes renais:
— O paciente também precisa cuidar alimentação. Enquanto espera pelo transplante, precisa evitar qualquer comida que tenha potássio, fósforo e sal.
Susane comenta, ainda, que os pacientes precisam estar cientes de que assumirão uma dieta para a vida inteira, para não adquirir outras doenças, como obesidade e diabetes. Além de todas as dificuldades enfrentadas, há ainda casos de falta de remédio na associação. É nessa hora que, assim como Jéssica, Victória, e Susane, Gabriel de Lima, advogado, entra em ação. Lima dá suporte jurídico aos pacientes levando à justiça a tentativa de conseguir acesso aos medicamentos necessários.
Associação se destaca nas campanhas de doação
Em 22 anos de atuação, a APAR ficou conhecida por várias campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos, já que, além de abraçarem a causa dos doentes renais, também incluíram outros pacientes. Um trabalho que ajuda a diminuir a angústia de quem está esperando por um rim, um coração, uma córnea.
Atualmente Santa Catarina possui 392 pacientes na fila de espera por um rim, a maior lista da SC Transplantes em abril deste ano entre os demais órgãos.
Fonte: NSC Total – https://www.nsctotal.com.br/noticias/voluntarios-da-apar-fazem-a-diferenca-na-vida-de-doentes-renais – 27/05/2019