Hospital Dom Pedro realiza centésimo transplante renal

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O marco, para o médico Rodrigo Serapião, coordenador da equipe de transplantes da unidade hospitalar, é uma vitória a ser comemorada.
A Santa de Casa de Misericórdia do Hospital Dom Pedro de Alcântara, em Feira de Santana, atingiu um marco de 100 transplantes renais. O marco, para o médico Rodrigo Serapião, coordenador da equipe de transplantes da unidade hospitalar, é uma vitória a ser comemorada.
“Significa muito, pois a cidade de Feira de Santana foi pioneira no transplante renal há cerca de duas décadas e agora retoma essa atividade que andou parada por quase 20 anos. Isso é muito importante para a cidade. É um marco que transforma Feira de Santana em uma cidade transplantadora”, afirmou.
De acordo com o médico, os pacientes beneficiados pela Santa Casa de Misericórdia, que estão na lista de transplante, são de várias cidades, e a unidade de saúde conta com três equipes que trabalham atuando na área de transplante.
“É uma área de abrangência de quase 3 mil pacientes em diálise e tem como referência a cidade de Feira de Santana. Temos pacientes em Itaberaba, Irecê, Paulo Afonso, além de toda a microrregião de Feira de Santana”, informou.
Histórias marcantes
Rodrigo Serapião afirma que cada história de transplante é muito individualizada e sempre marca ver o sofrimento da família e dos pacientes que necessitam retornar as suas atividades normais e ficam presos a uma máquina de diálise. Apesar das particularidades de cada caso, dentre os transplantes realizados pela equipe do médico Rodrigo Serapião, ele lembra de uma história que marcou.
“Se existe uma que eu possa lembrar é de uma menina que transplantou conosco e o sonho da vida dela era viajar, mas ela não podia sair do estado, já que não tinha como fazer a diálise fora. Depois do transplante ela conseguiu realizar esse sonho e sempre que nos encontramos pelos corredores do hospital, ela me coloca a felicidade de ter feito isso”, lembra.
Transplante
O médico Rodrigo Serapião explicou que existem duas modalidades de doação renal, uma é o doador falecido e a outra o doador vivo relacionado, ou seja, alguém que tenha uma relação de parentesco com aquela pessoa para quem ela vai doar o órgão.
“A maioria ainda é voltada para o transplante de doador falecido. temos poucos transplantes realizados com doador vivo relacionado e uma das metas do serviço no ano de 2019 é ampliar esse horizonte e aumentar esse número de transplantes com doador vivo”, destacou. Ele explicou ainda como funciona o processo de transplante.
“É um processo onde o paciente está numa clínica de diálise e a partir daí é oferecido o tratamento dialítico e também a opção se de realizar o transplante. Esse paciente é avaliado por uma equipe clínica, que determina se ele está ou não preparado para realização do transplante. A partir daí ele é colocado na lista de transplante, que é de controle nacional e tem o controle estadual. Os pacientes podem acompanhar suas colocações e em um determinado momento em que ocorre uma doação, esse órgão passa por diversas avaliações para ver a compatibilidade e o paciente mais compatível que está nessa fila, é contemplado”, detalhou.
Segundo o médico, todos os estudos afirmam categoricamente que o transplante renal é a melhor terapia para pacientes com doença renal crônica, e é a terapia que mais incrementa em qualidade de vida para essas pessoas, além de também ser a terapêutica mais barata que é oferecida para a população.
Rodrigo Serapião informou que atualmente existem aproximadamente 100 pessoas na fila de espera na Santa Casa de Misericórdia para o transplante renal e a expectativa é que esse número aumente.
“Nos próximos meses temos a expectativa de recebermos mais clínicas aqui dentro, claro que esse número é bastante mutável, afinal somos três equipes funcionando dentro do hospital e essas equipes vão mandando pacientes o tempo todo”, afirmou.
Fonte: Acorda Cidade – https://www.acordacidade.com.br/noticias/196852/hospital-dom-pedro-realiza-centesimo-transplante-renal.html – 16/07/2018