Paralisação pode deixar pacientes sem hemodiálise

0
114

O serviço de hemodiálise do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) tem sentido o reflexo da greve dos caminhoneiros, que já dura uma semana. Por conta da paralisação, o estabelecimento não recebeu o estoque de concentradores de diálise, previsto para chegar na quarta-feira da semana passada. “Só temos os materiais para manter o serviço até amanhã”, salienta a enfermeira Tatiana Ibdaiwi, coordenadora do serviço. Ao todo, 64 pacientes realizam o tratamento no local.
A médica nefrologista Maria Elaine Latosinski, coordenadora técnica da hemodiálise, explica que as sessões já foram reduzidas de quatro para três horas, para garantir que não faltasse o medicamento. Entretanto, se o carregamento de 240 litros não chegar hoje, o serviço corre o risco de ser interrompido.
Ao contrário de outros materiais, como soro, heparina, gases e demais medicamentos, que serão buscados em Santa Cruz do Sul, com veículo cedido pela Prefeitura, os concentradores de diálise são encontrados, apenas, em Porto Alegre. “Não é algo que o hospital tenha à disposição e possa nos ceder, eles só são encontrados em uma clínica especializada, em Porto Alegre”, explica a médica.
A nefrologista ressalta a gravidade da situação e teme que, com a continuidade da greve, além dos atrasos na entrega dos itens, possam faltar até mesmo insumos para a fabricação de medicamentos.
Os pacientes correm o risco de morrer se não dialisarem regularmente três vezes por semana”, Maria Elaine Latosinski, nefrologista.
Um das alternativas cogitadas pela equipe da hemodiálise é de que um veículo de Venâncio Aires busque o medicamento na capital. Interessados em colaborar podem contatar a hemodiálise pelo telefone 3741 3318.
De acordo com ela, a justificativa da empresa fornecedora é de que, embora veículos carregados com medicamentos sejam liberados nos bloqueios, muitos permanecem trancados na volta, por estarem vazios. ‘O estoque está comprado, só precisa ser entregue’, explica Tatiana.
Transporte
Outra situação que afeta a hemodiálise é a dificuldade de transporte dos pacientes. Nos últimos dias, algumas pessoas deixaram de realizar a sessão de diálise por não terem como chegar até o local. Na manhã de hoje, após contato da equipe da hemodiálise, a Secretaria Municipal de Saúde garantiu que continuará transportanto os pacientes carentes e com dificuldade de locomoção – em torno de 12 pessoas. Como o transporte havia sido suspenso, na semana passada, alguns não puderam fazer o tratamento.
Fonte: Folha do Mate – De acordo com ela, a justificativa da empresa fornecedora é de que, embora veículos carregados com medicamentos sejam liberados nos bloqueios, muitos permanecem trancados na volta, por estarem vazios. ‘O estoque está comprado, só precisa ser entregue’, explica Tatiana.
Fonte: Folha do Mate – http://www.folhadomate.com/noticias/local/paralisacao-pode-deixar-pacientes-sem-hemodialise – 29/05/2018