Cresce o número de transplante renal, mas a lista de espera ainda é grande

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Apesar de o Brasil ter conseguido, nos últimos seis anos, um aumento gradativo no número de transplantes de órgãos realizados – em 2016 foram 24.958 -, o cálculo do Ministério da Saúde é que, em 2016, 41.602 pessoas ainda estavam na fila de espera. Mais da metade delas, 24.914, quase 60%, aguardavam um novo rim, assim como Dimas Kamatsu Varanda, 43 anos, e Kleber Polon, de Caieiras, 39 anos, que fazem hemodiálise em Jundiaí. Para renais crônicos como eles, o Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, é uma data de renovação da esperança de livrar-se de vez de máquinas para retirar as toxinas do sangue porque tem crescido, ano a ano, o número de doadores de órgãos e tecidos. Até lá, o importante é seguir o tratamento corretamente e manter-se em boas condições clínicas para, quando chegar a vez na fila, poder submeter-se ao transplante.
O que não pode ocorrer a quem faz hemodiálise como eles é quando, finalmente for chamado para o transplante, as condições de saúde não permitirem submeter-se ao procedimento. Por isso, ambos são unânimes em apontar o quanto um tratamento de qualidade, com a individualização da terapia, tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar, ajuda. “Eu faço hemodiálise há dois anos. Comecei com sessões três vezes por semana. Mas desde que vim para a Renal Quality, faço hemodiálise todos os dias, exceto aos domingos. Tenho o suporte da equipe multidisciplinar da clínica e me esforço para fazer a dieta conforme é preciso. E com essa mudança, além da minha qualidade de vida ter melhorado, meus exames estão sempre com os indicadores dentro do que é necessário para poder fazer o transplante. Ou seja, estou pronto para o transplante! Tenho uma vida praticamente normal – só não posso trabalhar porque meu trabalho é pesado”, conta Dimas, que há um ano está na fila de espera.
Kleber é outro renal crônico que aguarda transplante fazendo hemodiálise e afirma que a terapia lhe devolveu qualidade de vida. “Em 2016, passei muito mal. Fui internado três vezes e numa delas fui parar na UTI. Depois que comecei a hemodiálise, com quatro sessões por semana, minha vida é outra. Não passo mal mais. É um procedimento desgastante sim, mas quando se tem um serviço de ponta, profissionais excelentes que te atendem com todo o cuidado, como aqui na Renal Quality, o resultado é muito compensador. Atualmente, faço tudo o que gosto: vou ao cinema, dirijo e inclusive vou ao estádio ver o meu Corinthians jogar. Só não estou trabalhando por causa do tempo que as sessões de hemodiálise tomam. Consigo levar uma vida normal aguardando o rim. É só controlar a ansiedade para o transplante”, brinca ele, relatando que tem se segurar para não consultar com muita frequência sua posição na fila.
Flávio Nishimaru, nefrologista da Renal Quality, explica que os renais crônicos têm à disposição dois grandes avanços no tratamento. “O primeiro é a individualização da terapia, conforme a necessidade de cada paciente, ao invés do padrão de três sessões por semana. Após avaliar o paciente, o nefrologista indica a modalidade de diálise, a frequência e a duração da sessão de forma individualizada. O paciente faz o número de sessão que realmente precisa, podendo ser diária, de menor duração. Isso representa tratamento mais frequente e ainda um ganho de qualidade de vida porque o paciente consegue mais tempo para manter sua rotina diária sem grandes mudanças”, afirma.
O segundo avanço é tecnológico. “Além das máquinas de hemodiálise convencionais, oferecemos o moderno sistema de hemodiafiltração, que consiste em um método ainda mais eficiente de tratamento, com maior capacidade de retirar toxinas do sangue. Ao aliar maior frequência de diálise ao uso com máquinas modernas e tratamento de água e demais insumos de alta qualidade, os resultados têm sido extremamente animadores do ponto de vista da qualidade de vida dos pacientes, inclusive com redução de adoecimento e da frequência de internações hospitalares”, completa o nefrologista.
Entenda os rins
Os rins são os órgãos responsáveis, em grande parte, pelo equilíbrio da química interna do corpo. Eles eliminam toxinas do sangue por um sistema de filtração, regulam a formação do sangue e dos ossos, regulam a pressão sanguínea e controlam o balanço químico e de líquidos do corpo. A sobrevivência humana depende do funcionamento normal destes órgãos vitais. Como prevenção, a Sociedade Brasileira de Nefrologia recomenda que pessoas com mais de 40 anos anualmente consulte um médico nefrologista e façam os exames de dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina.
Cuidar da saúde de forma global e ter hábitos saudáveis ajudam a proteger os rins, assim como beber bastante água. Por outro lado, doenças como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, e hábitos nocivos, como o tabagismo, são fatores que podem comprometer a função renal. E quando os rins já não funcionam corretamente, pode ser necessário fazer diálise. Na maioria das vezes, o tratamento deve ser feito para o resto da vida se não houver possibilidade de transplante renal. Um simples exame de Sangue e de Urina são suficientes para avaliar a função dos rins.
Resultado da união dos institutos de Nefrologia de Brasília (Ineb) e de Campinas (INC), a Renal Quality, inaugurada em Jundiaí em março de 2017, é referência para o atendimento a pacientes renais crônicos da cidade e região. O centro de nefrologia referência em atendimento humanizado, a exemplo do padrão estabelecido pelo INC, há 25 anos em atividade em Campinas, está disponível dos renais crônicos para a realização de hemodiálise com equipamentos de última geração. Além disso, faz a prescrição de sessões de hemodiálise individualizadas de acordo com a necessidade de cada paciente.
Localizada no Edifício Uffizi Business & Medical Center, à rua Anchieta, 204, Vila Boaventura, a Renal Quality está estrategicamente sediada próxima a serviços de saúde, desde hospitais até clínicas de exames laboratoriais e de imagem. São 700 m² divididos entre consultórios, área de hemodiálise, e setor administrativo. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 4521-8234 e 4521-8263.
Fonte: Itatiba News – http://itatibanews.com/cresce-o-numero-de-transplante-renal-mas-lista-de-espera-ainda-e-grande/ – 26/09/2017