Paciente morre à espera de hemodiálise

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A vítima, que estava internada no Pronto-Socorro de Cubatão, esperava vaga desde o dia 18.
Sem conseguir uma vaga para tratamento especializado de hemodiálise acoplada a uma UTI, que vinha sendo solicitada ao Estado desde o dia 18, o paciente Orlan Oliveira Moreira faleceu por volta das 20h20 horas de quarta-feira (28) no Pronto-Socorro Central de Cubatão, onde estava internado vítima de um AVC.
Segundo a Secretaria de Saúde da Cidade, “foram feitos todos os esforços possíveis para estabilizar o quadro clínico grave, e insistentemente solicitada à Central de Regulação (Cross), do governo estadual, a liberação dessa vaga”.
Os pedidos foram repetidos pelo menos duas vezes ao dia, desde o dia 18, a cada atualização do censo de vagas hospitalares.
Segundo a secretaria, “foi usado inclusive o recurso conhecido como vaga zero, em que é caracterizada a grande urgência no pedido de vaga”. Não houve resposta, segundo a Prefeitura.
A Cidade não possui esse serviço regular. E a única unidade da UTI que tem um aparelho de hemodiálise no Hospital Municipal Luiz Camargo para atendimento emergencial está quebrada.
Referenciamento
Segundo a secretaria, o Hospital Municipal de Cubatão já pediu ao Governo do Estado para ser referenciado em vários procedimentos, como os que envolvem a hemodiálise. “Sem isso, não recebe recursos, para tratamentos de alto custo, como o de hemodiálise, em que além de médicos especializados em Nefrologia, são necessários ‘kits’ de preço elevado”.
“Até o momento, o governo estadual não credenciou a entidade cubatense como referenciada, o que impede a realização desses procedimentos, para atender não só Cubatão, como toda a Baixada Santista”, assinala a Secretaria Municipal.
Após as repetidas solicitações de vagas ao sistema Cross (leia ao lado), na tarde de segunda-feira, a direção da Central de Regulação do DRS (Departamento Regional de Saúde) da Baixada Santista, ligado ao Estado e que gerencia o serviço Cross, disse para A Tribuna ter recebido o pedido de transferência de Orlan Oliveira Moreira e que havia dado início ao processo de regulação. Não deu tempo.
Fonte:A Tribuna http://www.atribuna.com.br/ – 30/09/2016