Uma reunião realizada ontem (18), na sede do Ministério Público de Campina Grande com os representantes de quatro hospitais da cidade, ficou acertado que as unidades serão abastecidas com carros-pipas nos dias que forem atingidos com o novo modelo de racionamento imposto pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa).
A sugestão dada pelo gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes, é que os hospitais se articulem para contratar o mesmo transportador da água, como forma de facilitar operacionalmente o atendimento e também reforçar o controle da água nos tanques.
Em Campina Grande, quatro unidades hospitalares que realizam hemodiálise em mais de 400 pacientes estão ameaçadas. Os diretores informaram que havia risco do atendimento ser suspenso caso ficassem sem água, o que poderia causar a morte de pacientes.
No Hospital Antônio Targino, por exemplo, se gasta aproximadamente 22 mi l litros de água por dia só no setor. A diretoria do hospital teme que a realização do procedimento fique comprometida com um provável colapso hídrico, prejudicando também os transplantes renais realizados no local.
O hospital possui atualmente 150 pacientes que dependem de hemodiálise. São 30 máquinas que trabalham nos três turnos e consomem, cada uma, 120 litros por sessão. A hemodiálise é um processo mecânico que consiste em filtrar e depurar o sangue, retirando dele as substâncias que trazem prejuízo ao organismo.
Fonte: PB Agora http://www.pbagora.com.br/ – 19/07/2017