ABCDT discute crise da nefrologia em reunião em São Paulo

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Traçar novas metas e buscar soluções para a atual crise financeira enfrentada pela nefrologia foram os pontos principais debatidos na primeira reunião da nova diretoria da ABCDT biênio 2016/2018 com seus associados, realizada em 29 de junho de 2016, na sede da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo – FEHOESP, em São Paulo / SP.

Além da diretoria executiva, participaram os vice-presidentes regionais e cerca de 50 clínicas de diálise. O presidente da ABCDT, Dr. Luis Carlos Pereira, iniciou a reunião fazendo um breve relato do encontro com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, na Fundação Pró-Rim em Joinville/SC na última segunda-feira (27/06/2016), ocasião em que foi entregue ao Ministro a planilha de custos da ABCDT e SBN. Ele destacou a importância de reivindicar o reajuste da sessão de hemodiálise em curto prazo. Ainda afirmou que é fundamental entrar em consenso para encontrar outras saídas, no caso do Ministério da Saúde não conceder um reajuste ou fazê-lo com um valor inferior ao custo real, que hoje gira em torno R$ 256,00.
Todos os presentes tiveram a oportunidade de dar sua opinião e discutir sobre a importância de buscar o reajuste. Outro tema bastante debatido foi a questão da redução dos custos dos procedimentos do tratamento da Terapia Renal Substitutiva – TRS . “Ninguém pode aceitar em hipótese alguma a falta de reajuste, mas claro que temos que trabalhar pela redução de custos também”, declarou Dr. Carlos Pinho, secretário da ABCDT.
Dentro do contexto de diminuir os custos, foi unânime o entendimento de que é necessário cobrar do Ministério a revisão da portaria nº 389/14 ou até mesmo a criação de uma nova portaria.
De acordo com o Dr. Luis Carlos, o momento é muito crítico e não se pode perder o foco, pois as clínicas estão em situação falimentar. “Temos que primeiramente pedir um reajuste de, pelo menos, 10% e depois solicitar a redução de custos”, destacou. No entanto, o diretor técnico da ABCDT, Dr. Marcos Vieira, acredita que na atual crise financeira enfrentada pelo país será meio difícil o Ministério conceder um reajuste para a nefrologia. E concluiu dizendo que o reajuste só será possível por meio de acordo político. Todos os presentes se manifestaram a favor de buscar ajuda política para tentar solucionar a crise financeira enfrentada pelo setor.
A reunião foi bastante produtiva e teve como pontos principais: batalhar pelo reajuste da sessão de hemodiálise; trabalhar na redução de custos, com a provável revisão ou revogação da portaria nº 389/14; criar uma agenda com uniformidade do discurso entre a diretoria executiva da ABCDT e suas regionais, buscando, inclusive, a inserção na mídia local dos trabalhos feitos por cada regional; buscar o apoio dos pacientes renais crônicos e sempre levar um representante nas reuniões com o Ministério e fazer contato com a Sociedade Brasileira de Nefrologia – SBN mostrando que os interesses da ABCDT são comuns aos da SBN e que é muito importante fazer um trabalho conjunto.
No mesmo dia também foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária para alteração no Estatuto da ABCDT. Especificamente no artigo 17, inclusão da letra H – “Assinar, com o tesoureiro, todos os documentos que impliquem responsabilidade, tais como escrituras, promissórias, movimentação de contas bancárias”. Alteração necessária para fazer frente às exigências das instituições financeiras.

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