Pacientes dizem que faltam vagas na hemodiálise após quebra de máquinas

0
190

Medicamentos também estariam em falta no Hospital das Clínicas do Acre.
Saúde diz que há processo para compra de 38 novas máquinas para unidade.


No Hospital das Clínicas do Acre, pacientes que sofrem de doenças renais crônicas estariam tendo que esperar por vagas para fazer hemodiálise. Segundo a Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Estado do Acre (Apartac), seis das 34 máquinas da unidade estão quebradas.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) diz que um processo licitatório foi concluído em maio, com previsão de entrega de 38 máquinas novas de hemodiálise importadas da Itália. Enquanto os novos equipamentos não chegam, reparos na estrutura física e nas cadeiras das máquinas atuais devem ser feitos.
“No momento nós estamos com seis máquinas quebradas, de 34. Elas funcionam de 5h às 3h, de segunda à sábado, com 4 turnos, o que não é o indicado. O indicado são só três turnos. Fora que a gente tem muito paciente no ambulatório esperando vaga pra entrar na dialise e não está tendo mais vaga”, diz a presidente da associação, Berenice Sales da Silva.
De acordo com a Apartac, existem atualmente 260 pacientes nefropatas fazendo hemodiálise no Hospital das Clínicas em Rio Branco. A rotina não é fácil, eles precisam ir ao hospital pelo menos três vezes por semana para as sessões de hemodiálise que duram aproximadamente quatro horas.
Falta de medicamentos
A falta de equipamentos não é o único problema apontado pelos pacientes. Segundo o estudante Vanderli Ferreira da Silva, medicamentos para evitar a rejeição de órgãos transplantados também não estariam sendo encontrados na unidade.
“Está faltando a azatioprina ou imuran, que é conhecido nas farmácias, e os pacientes estão assustados com essa falta de medicamento. Já são 15 dias. Esses remédios são especiais, são caríssimos e tem paciente que não tem condição de comprar e muitas farmácias não têm o medicamento”, reclama.
Sobre esse caso, o Setor de Nefrologia do Hospital afirma que os casos excepcionais já foram solicitados ao Centro de Referência para reposição do estoque.
Fonte: G1 – 08/06/2016