O Serviço de Nefrologia do HCB comemora no dia 15 de março, 10 anos de existência. Quando inaugurou em 2006, na gestão do provedor Fábio Figueiredo, o serviço contava com uma equipe de nove pessoas. Uma década depois são 27 profissionais cuidando da saúde e bem-estar de 104 pacientes de Cachoeira do Sul e da 8ª Região (Arroio do Tigre, Caçapava do Sul, Encruzilhada do Sul, Ibarama, Passa Sete, Segredo, Sobradinho, Cerro Branco, Novo Cabrais, Estrela Velha e Lagoa Bonita), com funcionamento dividido em três turnos de segunda a sábado. Desde de 2006 já foram atendidos 526 pacientes, dos quais 20 já foram transplantados.
No setor são tratados pacientes portadores de doenças renais, sendo realizadas consultas médicas, de enfermagem, avaliação nutricional, atendimento psicológico e serviço social, além de todo o serviço que o HCB oferece, como: exames no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), UTI, internação e a atuação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) através de ações educativas e monitoramento ativo das infecções relacionadas a assistência aos pacientes. Dessa forma, o tratamento clínico conservador é oferecido para os estágios iniciais das doenças renais. Já para os casos de insuficiência renal aguda ou crônica avançada, é disponibilizado a Terapia Renal Substitutiva – Hemodiálise.
O procedimento de hemodiálise é um processo de depuração (filtração) do sangue, onde na ausência de função renal, uma máquina (rim artificial), substitui o órgão doente. Para isso são necessários equipamentos com elevada tecnologia agregada, que formulam uma solução de diálise com água purificada e, através de filtros capilares, removem impurezas, toxinas e excesso de líquidos, que se acumulam nos casos de insuficiência renal.
Sendo assim, pensando em oferecer a máxima qualidade aos pacientes, o HCB adquiriu novas máquina viabilizado através de emenda parlamentar do deputado José Otávio Germano e, com recurso próprio no valor de R$ 96 mil, em um novo sistema de tratamento e purificação da água, contando com os seguintes equipamentos:
MÁQUINAS DE HEMODIÁLISE FRESENIUS 4008S V10: foram adquiridas 12 novas máquinas da empresa líder mundial Fresenius, correspondente ao modelo “top de linha”. Esta máquina conta com monitorização contínua da eficiência do tratamento (OCM) e filtro de líquido de diálise adicional (DIASAFE) que agrega qualidade e pureza ao banho de diálise. Totalizando assim 33 máquinas para utilização em até 24 pontos por turno, leitos de UTI e reserva técnica. Durante a operação são utilizados DIALISADORES DE ALTO FLUXO FRESENIUS: filtros capilares que utilizam membranas altamente biocompatíveis, que melhoram a qualidade do tratamento e REPROCESSADORAS AUTOMÁTICAS SAUBERN: máquinas que realizam de forma automatizada o reuso e esterilização dos filtros capilares (dialisadores), garantido eficiência máxima neste procedimento.
SISTEMA DE TRATAMENTO DA ÁGUA – OSMOSE REVERSA DUPLO PASSO: equipamento central para produção da água purificada utilizada na hemodiálise, da empresa Ipabras, que é líder nacional no segmento. Conta com sistema duplo de tratamento, utilizando sete (07) membranas de osmose reversa, controle microprocessado de todos os parâmetros e dispositivos de segurança embutidos. Associado a uma central geradora de ozônio e esterilização por luz ultravioleta, possibilita purificação adicional da água e controle microbiológico contínuo 24 h. Como vantagens podemos citar a produção de água ultrapura, com menor incidência de reações pirogênicas aos pacientes e menor ativação inflamatória, que se traduz em melhor qualidade de vida e maior sobrevida.
Dessa forma o Serviço de Nefrologia espera manter a melhoria contínua e segurança na assistência aos pacientes, certos de que a tecnologia deve estar associada ao atendimento humanizado.
Serviço
Onde:
– localiza-se após da entrada do CDI, em frente ao estacionamento da Rua Saldanha Marinho.
Horário de atendimento:
– nas segundas, quartas e sextas das 6h às 22h (atende 58 pacientes);
– nas terças, quintas e sábado das 6h às 17h (atende 43 pacientes).
Equipe:
– três médicos Nefrologistas: Dr. André Prochnow, Dr. Adilson Teodoro e o Dr. Pedro Lucas Aurélio,
– três enfermeiras (Milene Reghelin, Cíntia Saldanha e Édila de Menezes), 19 técnicos de enfermagem, um auxiliar administrativo e um auxiliar de higienização.
Dia do Rim – 10 de Março
No dia 10 de março será comemorado o Dia do Rim, que traz como tema deste ano: A Prevenção da Doença Renal Começa na Infância. A Sociedade Brasileira de Nefrologia tem como objetivo com esta campanha nacional informar o máximo de pessoas sobre a Doença Renal Crônica (DRC) destacar a urgência para prevenir e tratar essa doença. Cerca de 10% da população mundial sofre de algum tipo de doença renal, e anualmente milhões de pessoas morrem devido a complicações decorrentes da DRC.
Neste dia a equipe do Serviço de Nefrologia do HCB estará passando em todos os setores do hospital para informar e orientar os funcionários para a prevenção da DRC. A comunidade também poderá tirar suas dúvidas, pois a equipe de enfermagem estará à disposição para informações.
Sobre a Doença Renal Crônica
A Doença Renal Crônica (DRC) em crianças afeta o crescimento, o desenvolvimento cerebral e a expectativa de vida;
O tratamento é difícil, caro e trabalhoso;
A progressão da doença renal pode ser retardada, desde que o diagnóstico seja feito a tempo para a adoção de medidas apropriadas;
O diagnóstico da DRC em crianças no Brasil na maioria das vezes é tardio e incompleto;
A Doença Renal Crônica na infância é diferente dos adultos, e o tratamento é mais delicado.
O que os rins fazem?
Os rins são dois dos órgãos mais importantes do corpo humano. Controlam o volume de água do corpo. Filtram o sangue para retirar as impurezas e produzem hormônios, substâncias que ajudam no controle a pressão arterial, na renovação das células do sangue e na absorção de nutrientes (cálcio, por exemplo) dos alimentos que ingerimos.
O que é DRC? Como é tratada?
Doença Renal Crônica (DRC) é a perda progressiva da função dos dois rins. Quando os rins falham e a capacidade de funcionar cai abaixo de determinado nível, o que chamamos de insuficiência renal, as impurezas não são retiradas do sangue e afetam os órgãos do nosso corpo, como o coração, pulmões, músculos, estômago e cérebro. Isso pode se tornar uma ameaça à vida da pessoa e requer atenção urgente. Atualmente não existe cura para a DRC. Os tratamentos atuais são as diálises (filtragem do sangue por outros meios) ou o transplante (que depende de um doador compatível), e devolvem parte da qualidade de vida do paciente.
Como é detectada?
No começo, a DRC não tem sintomas. A pessoa pode perder 90% da função renal sem perceber. Por isso a prevenção e a detecção precoce são essenciais, pois permitem controlar o avanço da doença e a necessidade de tratamentos mais complexos. Exames de urina e de sangue podem detectar o início da doença.
Quais são as causas da DRC? Quem está no grupo de risco?
Hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes são as causas mais comuns de DRC. Pode afetar pessoas de todas as idades e raças. O risco é maior para pessoas mais velhas, pessoas que sofrem de diabetes e/ou pressão alta, tem pessoa na família que tenha DRC ou seja de origem africana, hispânica, oriental ou aborígene. Se a pessoa está no grupo de risco deve obrigatoriamente consultar um nefrologista periodicamente.
Como prevenir a DRC?
Seguir as 8 dicas de ouro é um bom início para a prevenção da DRC:
Mantenha-se em forma e pratique atividade física regularmente.
Controle o nível de açúcar no sangue (glicemia) para evitar o diabetes.
Monitore sua pressão arterial.
Mantenha sua alimentação saudável e evite o sobrepeso.
Mantenha-se hidratado, tomando líquidos não alcoólicos.
Não fume.
Não tome remédios sem orientação médica.
Consulte um médico regularmente para verificar a situação dos seus rins.
Fonte: Rádio Fandango – 07/03/2016