Risco para os rins está na discrição do sintoma

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Pesquisas mostram que 10% da população tem algum problema renal.
Estudos mostram que 10% da população do mundo têm Doença Renal Crônica. Na população com 75 anos ou mais, este porcentual chega a perto de 50%. Por conta deste cenário, neste dia 10 de março se comemora o dia mundial do rim. A data marca uma série de atividades pelo mundo que objetivam chamar a atenção da população para os males que podem acometer o rim, considerado um dos “filtros” do organismo.
Segundo Jerusa Miqueloto, hematologista do Laboratório Frischmann Aisengart, um dos principais motivos destes altos índices são os diagnósticos tardios de pessoas com disfunções nos rins. “Muitos pacientes, antes de começar a fazer hemodiálise, nem sabem que são doentes renais crônicos e acabam descobrindo isso quando são atendidos em uma emergência”, explica.

Jerusa conta que os testes de detecção, que podem ser de urina ou de sangue, devem ser realizados sistematicamente em pacientes com alto risco para a doença. São considerados fatores de risco problemas como o diabetes, pressão alta, doença renal na família, idade avançada e doenças cardiovasculares.
A médica descreve que, visando à prevenção da disfunção nos rins, existem cuidados que podem ser tomados como manter a pressão alta sob controle, fazer exame de urina para detectar proteína e fazer exame de sangue para dosar a creatinina. “Mais do que ações para diagnóstico e para tratamento, é necessária a prevenção da doença”, avalia a médica.
Após o diagnóstico do problema, que leva à perda da função de filtragem dos rins, vem o tratamento, que acompanha o progresso da doença. Na fase inicial o paciente precisa fazer uma mudança na dieta para, com isso, começar a tratar o problema.
Caso o paciente tenha pressão alta e diabetes, o tratamento deve ser iniciado com a tomada de medicamentos. Já na fase mais avançada da insuficiência renal, são necessárias realizações de sessões de diálise, uso de medicamentos específicos e até o transplante de rins.
Sinais e sintomas de doenças renais
1) Sangue na urina (hematúria)
Hematúria é o nome que damos à presença de sangue na urina, seja ela visível a olho nu ou apenas detectável em análises de urina. A presença de sangue na urina, seja visível ou não, pode ser causada por várias doenças, entre elas, câncer renal, câncer de bexiga,câncer de próstata, cálculo renal, infecção urinária, hiperplasia benigna da próstata, doenças do glomérulo, anemia falciforme, doença policística renal, trauma renal, medicamentos, tuberculose urinária, esforço físico, excesso de cálcio na urina e endometriose
2) Urina espumosa
É perfeitamente normal que surja um pouco de espuma no vaso sanitário ao urinar devido ao turbilhonamento do jato de urina na água. Mas se houver um aumento de espuma pode ser que ocorra perda de proteínas na urina, uma alteração chamada de proteinúria. A proteinuria é um sinal de doença renal e costuma surgir em doenças como, Diabetes Mellitus, Lúpus, doenças do glomérulo, aids, eclâmpsia, obesidade, hipertensão arterial e mieloma múltiplo
3) Edemas (inchaços)
Os rins são os órgãos que controlam o volume de água e sódio (sal) em nosso organismo. Na insuficiência renal em fases avançadas há uma redução da eliminação de sódio pelos rins e acúmulo de água, o que leva à formação de edemas. Em casos mais graves, pode haver retenção de líquidos nos pulmões, o que pode levar a um quadro chamado de edema agudo do pulmão.
4) Hipertensão
A retenção de sódio e água não provoca só edemas, mas também leva à hipertensão arterial. Tanto a insuficiência renal crônica quanto as glomerulonefrites frequentemente cursam com elevação da pressão arterial.
5) Anemia
O rins produzem um hormônio chamado eritropoietina, que é responsável por estimular a medula óssea a produzir hemácias (glóbulos vermelhos). Quando a função renal fica comprometida, como em fases avançadas da insuficiência renal crônica, há uma queda na produção de eritropoietina, fazendo com que o paciente desenvolva anemia.
6) Cansaço
O cansaço na insuficiência renal pode ter várias causas. A mais comum é a presença da anemia, explicada acima. Porém, o acúmulo de toxinas no organismo, assim como o aumento da acidez no sangue (chamado de acidose), também podem causar inapetência.
7) Perda do apetite, náuseas e vômitos
Do mesmo modo que o aumento da acidez e a retenção de toxinas no sangue causam cansaço, eles também são responsáveis pela perda de apetite. Em fases avançadas, a insuficiência renal faz com o paciente apresente um gosto metálico na boca e um hálito ruim. Náuseas e vômitos, principalmente na parte da manhã, também podem ser um sinal de doença renal terminal.
8) Dor nas costas ou dor nos rins
Não é comum, mas dor lombar de origem renal é a infecção urinária, principalmente a pielonefrite. A doença policística renal também pode causar dor lombar, devido a cistos gigantes que comprimem estruturas adjacentes.
9) Acordar a noite para urinar
Acordar durante a noite para urinar é um sintoma muito comum de doenças da próstata, todavia, também pode ser um sinal inicial de doença renal. Quando a insuficiência renal crônica começa a progredir, o rim começa a perder capacidade de concentrar a urina.
10) Ausência de urina
Maioria das pessoas acha que urinar é um sinal inequívoco de saúde dos rins. O raciocínio é simples: se eu urino é porque meus rins funcionam bem. Isto é um equívoco. Na urina há muito mais do que água e é impossível a olho nu saber se as toxinas do corpo estão sendo eliminadas pelo rins. Urinar significa apenas que os rins ainda conseguem excretar água. Na verdade, a maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica avançada que precisa iniciar hemodiálise ainda urina pelo menos um litro por dia.
Fonte: Bem Paraná – 07/03/2016 

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