A deputada estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa, Luana Ribeiro, recebeu nesta quarta-feira, 17, o presidente da Fundação Pró-Rim, Marcos Alexandre Vieira, e membros da diretoria da instituição. Eles pediram ajuda da parlamentar para cobrar do Governo do Estado o repasse dos R$ 3 milhões de recursos destinados ao tratamento de pacientes que precisam fazer hemodiálise. Luana apresentou os diretores aos deputados Wanderlei Barbosa, Olyntho Neto, Jorge Frederico e José Bonifácio, e garantiu que apresentará um requerimento conjunto com eles para que o governo honre o compromisso e efetue o repasse. “Isso é uma obrigação do governo. Há uma portaria do Ministério da Saúde que determina o repasse desses valores no prazo de cinco dias. Agindo assim, o Governo descumpre a lei”, afirmou Luana.
Situação grave
De acordo com o presidente do Pró-Rim, cerca de 300 pacientes renais crônicos, sendo 196 em Palmas e 104 em Gurupi, e se submetem ao tratamento três vezes por semana e, desde setembro de 2015, os recursos não são repassados. “Estamos trabalhando no limite, já contraímos empréstimos bancários para manter a folha de pagamento e compromissos com fornecedores. Estamos num quadro desesperador provocado pela inadimplência da Secretaria de Saúde”, desabafou. Segundo ele, se a situação persistir, pode acarretar em consequências graves, inclusive com morte de pacientes que dependem da máquina de hemodiálise para sobreviver. “Um paciente com problemas renais crônicos que não faça hemodiálise, não consegue urinar e isso pode trazer graves consequências, lotando ainda mais os hospitais e levando, até mesmo, a óbito”, argumentou.
A gravidade e urgência de uma solução para a situação já foi comunicada aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, Defensoria Pública, Conselho Regional de Medicina e, segundo a Pró-Rim, por diversas vezes, à Secretaria Estadual da Saúde.
Araguaína
Luana Ribeiro disse que incluirá no documento o caso do Instituto de Doenças Renais de Araguaína, que também passa pela mesma situação e corre o risco de fechar. Segundo o diretor do Instituto, Marco Galvão, os repasses foram cortados “sem qualquer explicação por parte do governo”, em setembro do ano passado. Lá, 150 pacientes renais crônicos são atendidos.
Fonte: SURGIU – 18/02/2016 (TOCANTINS)