Hospital faz levantamento de lista de espera por transplante

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Setor fará a triagem de todos os pacientes que têm interesse na cirurgia renal
Depois de ter anunciado a volta dos transplantes de rim, passado mais de um ano de paralisação, a Santa Casa de Campo Grande abriu o ambulatório de pré-transplante, visando a triagem de todos os pacientes com insuficiência renal crônica, da Capital e do interior do Estado, que estão em tratamento de hemodiálise e que têm interesse na cirurgia. O objetivo desse novo levantamento é atualizar dados pessoais e informações clínicas de cada paciente, para a formação da lista de espera para transplantes, tanto de doadores falecidos quanto de vivos.

Segundo a médica nefrologista Patrícia de Fátima Zanata, do Setor de Diálise da Santa Casa, os atendimentos de pré-transplante estão ocorrendo às quartas-feiras, no hospital, e são feitos mediante agendamento via assistência social. A estimativa é de que exista uma lista de pelo menos 400 pacientes aguardando um novo rim. O estabelecimento está autorizado pelo Ministério da Saúde a retomar esse tipo de cirurgia desde julho do ano passado.
A também nefrologista Roberta Christine observou que o processo de triagem abrange procedimentos de uma equipe multiprofissional, que vão desde consultas e exames, até entrevistas com assistentes sociais, nutricionistas e psicólogos, buscando-se avaliar a aptidão ou não para transplante renal. O setor de nefrologia da Santa Casa é coordenado pela médica Thaís Vendas.
UM ANO
O atendimento em hemodiálise do hospital foi retomado há um ano, ocupando um novo espaço, próximo à entrada do Pronto Socorro. Ontem, a equipe médica e de enfermagem, além de funcionários do Serviço de Diálise, juntamente com pacientes, comemoraram a data com uma festa no local.
Patrícia Zanata avaliou esse um ano de trabalho, citando avanços. Ela destacou que de 80 a 90% dos pacientes já estão com fístulas (acessos construídos com a junção de veia e artéria) para hemodiálise. São de 20 a 10% aqueles que ainda se utilizam de catéter. As fístulas oferecem maior comodidade e segurança aos pacientes, com menores riscos, principalmente de infecções.
A médica afirmou que uma das metas é a obtenção de uma estrutura maior e adequada para que o setor também possa oferecer a diálise peritoneal, que é uma das opções de tratamento disponíveis para a insuficiência renal crônica. É uma técnica fisiológica que utiliza a membrana peritoneal (que envolve os órgãos abdominais), atuando como um filtro do sangue, removendo excesso de água e toxinas do corpo.
Atualmente, o setor trabalha com quatro turmas de pacientes que fazem a terapia renal substitutiva. São cerca de 20 pacientes por turma, realizando sessões de quase quatro horas nas máquinas de filtragem. Além dos ambulatoriais são atendidos pacientes que estão internados no hospital.
Conforme o enfermeiro Henrique Ozuna, esse atendimento é estendido a renais de Campo Grande e de cidades próximas que não têm serviços de diálise. Quatro presidiários fazem terapia na unidade, sob escolta policial.
Fonte: Correio do Estado – 01/07/2015 

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