Hospital Márcio Cunha inaugura nova Unidade de Transplantes

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No atendimento, a esperança. Nos profissionais, a confiança para afastar a insegurança. E na nova estrutura, a chance de alcançar uma vida nova. Para dezenas de pacientes crônicos, essas serão as primeiras impressões ao entrarem na nova Unidade de Transplantes do Hospital Márcio Cunha. Na véspera de sua inauguração – nesta quinta, às 20h, na Unidade I do HMC – este setor ambulatorial diferenciado, voltado para o atendimento exclusivo a pacientes transplantados, pacientes que vão receber um órgão e para doadores e potenciais doadores, abre suas portas para aprimorar a assistência de alta complexidade da instituição.

Único centro transplantador do Leste de Minas Gerais, o Hospital Márcio Cunha hoje atende a pacientes de terapia renal substitutiva e transplantados renais provenientes de Itaobim, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Caratinga, Manhuaçu e todo o Vale do Aço. Envolve ainda sete centros de terapia renal substitutiva, com a qualidade de quem se posiciona entre os melhores centros da especialidade no país. Por isso investiu em infraestrutura física e tecnológica, bem como em recursos humanos para o aprimoramento contínuo da equipe médica e paramédica, consolidando um serviço de qualidade.
“Muda a forma de atender este segmento de pacientes portadores de insuficiência renal crônica que irão transplantar e os já transplantados e doadores, agilizando as avaliações pré-transplantes e o controle periódico dos pacientes transplantados e doadores, com mais conforto a todos. Estamos trabalhando para ampliar o número de transplantes realizados, bem como oferecer um atendimento cada vez melhor a estes pacientes, em harmonia com a necessidade de saúde da população regional. Neste novo espaço, poderemos oferecer um trabalho mais abrangente, multidisciplinar, envolvendo psicólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais em um só lugar, além, é claro, da assistência médica”, afirma o médico nefrologista e coordenador do Serviço de Transplante Renal do HMC, Carlos Alberto Calazans.
A nova estrutura visa também tornar-se um espaço de acesso à informação, com orientação e treinamentos de pacientes por meio do diálogo, de materiais e vídeos educativos. Em paralelo ao Serviço de Transplantes Renais, o Hospital Márcio Cunha conta com a Cihdott, a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, composta por uma equipe multidisciplinar atuante, pronta para realizar busca ativa diária de potenciais doadores. Além de realizar também campanhas de esclarecimentos à população sobre a doação de órgãos, a Cihdott conta ainda com os apoios do Laboratório de Análises Clínicas 24 horas e de equipes disponíveis para abertura e fechamento de protocolos de pacientes com morte cerebral (possíveis doadores) e exames de imagem, além do Leito de Apoio à Vida, um leito disponível permanente e exclusivamente para pacientes potenciais doadores, no 7º andar do hospital. Processo semelhante ao utilizado nos principais hospitais do mundo para captação e transplantes de órgãos.
Eficiência nos transplantes
Fruto de ações assertivas, como a re-estruturação estratégica para a captação de órgãos, a criação do leito de apoio à vida e o trabalho de uma equipe altamente capacitada para avaliar possíveis candidatos a transplantes, o Hospital Márcio Cunha alcançou a marca expressiva de 40 transplantes renais em 2014. Mais que o dobro em relação ao ano anterior. Desse total, um avanço importante foi o aumento no número de doadores falecidos, quase três vezes se comparado com 2013.
Para o superintendente do HMC, Mauro Oscar Soares de Souza Lima, isso ressalta o compromisso com a responsabilidade social do hospital e da Fundação São Francisco Xavier e a importância das campanhas de conscientização realizadas junto à comunidade sobre doação de órgãos. “Ao longo dos anos, o hospital vem investindo em infraestrutura, campanhas de conscientização e em treinamentos dos profissionais, visando atualização de novos procedimentos e novos métodos cirúrgicos para prestar o melhor cuidado médico e assistencial, aliando humanização, qualidade assistencial e segurança dos seus pacientes. Ações que, nos últimos tempos, agilizaram o processo de doação de órgãos.”
Outra grande conquista foi a realização dos exames para avaliar tanto os potenciais receptores quanto os doadores vivos, que antes eram realizados com grande dificuldade e demora através da rede pública na cidade de origem dos pacientes. Hoje, todos estes pacientes são avaliados no Hospital Márcio Cunha pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que aumenta a confiabilidade dos exames, agiliza os processos e facilita, assim, o processo de doação, sem custo nenhum para o paciente.
Fonte: De Fato Online – 28/05/2015

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