Mandetta questiona portaria do Ministério da Saúde que cuida do paciente renal crônico

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O deputado federal Mandetta (DEM/MS) participou nesta terça-feira (28), de audiência pública com o coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
Durante a audiência, Fogolin informou que a Portaria 389/14, publicada pelo ministério em março do ano passado, mudou a forma de cuidar do paciente renal crônico no Brasil e assinalou que o cuidado não está sendo mais pautado especificamente para a hemodiálise, mas também para os pacientes que ainda estão na fase pré-dialítica.
Para o presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro, Gilson Nascimento da Silva, a portaria é muito bonita no papel. No entanto, acredita que faltou um pacto efetivo do Ministério da Saúde com os estados e um bom planejamento de implementação da política pública. "Acho que tem que partir do ministério uma conversa séria com os atores envolvidos, para que a gente possa realmente avançar. Não adianta só estar no papel, isso tem que ser implementado, com base em uma construção. A construção de participação de todas as pessoas da sociedade nefrológica do Brasil."

O deputado Mandetta (DEM-MS) pediu a José Eduardo Fogolin que apresentasse à comissão o que precisa ser feito para que a portaria seja totalmente implementada.
Segundo o deputado, isso dará condições para que o colegiado saiba de que maneira a comissão pode atuar. "Que ele busque nessa comissão não aplausos e nem vaia, mas que traga um plano do governo federal para que essa comissão possa colocar no Orçamento recursos públicos para a gente atender.”
Na opinião do parlamentar, o número de pacientes renais vai explodir nos próximos dez anos. “Vai ser um aumento absurdo do número de renais crônicos que vão precisar de máquinas de transplante. Que ele traga qual é a proposta, porque se for achar bom o que está fazendo, então estamos todos em um barco muito furado."
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil e existem 750 unidades cadastradas no país, sendo 35 apenas na cidade de São Paulo. Existem três modalidades de tratamento da doença renal crônica: a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante de renal. A principal diferença entre os dois primeiros procedimentos é que a diálise peritoneal pode ser feita em casa.
Fonte: A Crítica – 30/04/2015

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