Centro de hemodiálise de Teresópolis registra 47 mortes em 18 meses

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Após protesto contra índice de óbitos, a prefeitura da cidade garantiu que obras em unidade de saúde terminam em 30 dias.
Rio – A Prefeitura de Teresópolis, na Região Serrana, anunciou nesta segunda-feira que o Centro de Hemodiálise do município ficará pronto em, no máximo, 30 dias. A conclusão das obras da nova unidade, que terá capacidade para 105 atendimentos por dia, é uma resposta aos protestos de pacientes renais crônicos que precisam fazer diálise e tinham que ir a Itaboraí, na Região Metropolitana, que fica a 74 quilômetros de Teresópolis. Nos últimos 18 meses, houve 47 mortes de doentes renais que dependiam do tratamento.

No dia 12 deste mês houve uma passeata no Centro da cidade em protesto contra os três últimos óbitos registrados. O número alto de mortes foi um dos motivos para a aceleração da obras. Apesar de o centro de tratamento ficar pronto em meados de abril, não há prazo para o início do funcionamento, que dependará ainda de licitação para escolher a empresa que vai operar a unidade, além da montagem de equipamentos.
Clarisse de Souza, de 52 anos, paciente renal há quatro, espera que o Centro de Hemodiálise fique pronto o mais rápido possível. “Estou indo para Itaboraí fazer o tratamento. É muito cansativo. Espero que essa clínica comece a funcionar logo”, disse.
De acordo com o subsecretário de Saúde de Teresópolis, Wagner de Oliveira, foi feito um convênio com o Centro de Terapia Renal de Itaboraí, para que dessem continuidade ao tratamento, e o município garantiu o transporte e a alimentação dos pacientes. “Temos ambulância que acompanha o paciente. Esse novo Centro será referência no estado”, ressaltou.
A verba de R$ 1,8 milhão do governo estadual para a construção da nova unidade foi liberada em janeiro de 2014. A prefeitura colocou mais R$ 300 mil. Segundo o município, é necessário que o centro fique pronto logo, por causa da interdição dos dois hospitais que faziam a diálise.
O Hospital das Clínicas de Teresópolis foi fechado pela Vigilância Sanitária Estadual, que apontou a necessidade de adequações na unidade. O governo do estado decidiu que o serviço passaria a ser prestado pelo Hospital São José, mas, no fim de 2013, a Vigilância Sanitária interditou o setor de hemodiálise do local para investigar denúncia de contaminação de pacientes pelo vírus da hepatite C.
Fonte: O Dia – 18/03/2015

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