Como vivem as pessoas que possuem apenas um rim

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A internação do rei Pelé no hospital Albert Einstein, em São Paulo, com um quadro de infecção renal, chamou a atenção para a situação de pessoas que vivem com apenas um rim. O craque retirou nos anos 1970 o rim direito, que estava afetado por um tumor. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Daniel Rinaldi, é possível levar uma vida normal com apenas um rim, mas são necessários alguns cuidados.

A internação do rei Pelé no hospital Albert Einstein, em São Paulo, com um quadro de infecção renal, chamou a atenção para a situação de pessoas que vivem com apenas um rim. O craque retirou nos anos 1970 o rim direito, que estava afetado por um tumor. Os rins têm a função de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo, como a amônia, a uréia e o ácido úrico. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Daniel Rinaldi, é possível levar uma vida normal com apenas um rim, mas são necessários alguns cuidados.
“É importante que as pessoas portadoras de um rim único tenham mais cuidado em relação ao uso de antiinflamatórios. Se elas tiverem cálculo renal, devem ficar mais atentas pelo risco de obstrução do rim único. Se for hipertensa, deve ficar atenta ao controle da pressão. Ou seja, a chance de lesão passa a ser maior pelo fato de ser um rim único, que passa a ser sobrecarregado para compensar a ausência do outro.”
Além desses cuidados, a pessoa que possui apenas um rim deve ir ao médico uma vez por ano para testar a função do órgão por meio de exames de sangue e urina. Em relação à dieta, deve-se evitar o excesso de sal e de carne vermelha. “Recomendamos o acompanhamento anual, vendo como está a creatinina, que é uma proteína no nosso sangue que mostra como está a função do rim, e verificando se não há perda de proteína na urina, um indício precoce de que o rim pode estar sendo lesado”, diz Rinaldi.
Prática de esportes
Em relação à prática de atividades físicas, a recomendação médica é evitar esportes violentos, que possam provocar algum tipo de lesão. Bebidas alcoólicas devem ser ingeridas de forma moderada, para não sobrecarregar o órgão, e o tabagismo deve ser evitado por ser um dos fatores que pode levar à perda da função renal a longo prazo. “O fumo pode levar a complicações severas”, afirma o médico.
O transplante é uma alternativa eficaz para o tratamento da insuficiência renal crônica. Rinaldi afirma que o Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking mundial de transplantes de rim e que o número de doações tem aumentado. “São feitos cerca de 5000 transplantes por ano no Brasil, e as doações têm aumentado. Segundo as estatísticas, 2/3 são doações de falecidos, e 1/3 de doadores vivos.”
Porém, apesar da excelente posição mundial em número absoluto de transplantes, a quantidade de doações ainda não é suficiente para atender a alta demanda. Há pelo menos 30 mil pessoas na fila de espera por um rim no Brasil.
Fonte: Português RFI – 04/12/2014

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