Caminhões-pipas foram enviados ainda no domingo e também nesta segunda-feira (13) para o bairro Cidade Nova, em atendimento à reivindicação de moradores que fecharam os dois sentidos da rodovia Waldomiro Corrêa de Camargo (SP-79), entre a tarde e a noite de domingo, para protestar contra a falta de água no município. Nesta segunda-feira, moradores do bairro afirmam que os caminhões com água não chegavam ao bairro há cerca de 30 dias.
Além do Cidade Nova, os veículos abasteceram, também, os bairros Novo Mundo, Vila Ianni, Jardim Eridano, Padre Bento e Jardim Paraíso. A medida visa minimizar o desabastecimento da cidade, que sofre com os baixos níveis no manancial de onde a empresa Águas de Itu faz a captação.
Situação vai piorar, aponta previsão do tempo
Dados mais recentes do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que não há previsão de chuvas nesta semana e a temperatura deverá subir. Essas informações foram apresentadas durante as reuniões do Comitê de Gestão de Água, que reúne representantes do próprio município, da Agência Reguladora e da concessionária dos serviços de água e esgoto.
Desabastecimento prejudicou hemodiálise em hospital, afirma morador
Um hospital e alguns centros de saúde de Itu já sofrem com a falta d'água, segundo declarações do ajudante geral Carlos Nogueira, 39. Ele afirma que uma pessoa de sua família não pôde realizar uma sessão de hemodiálise no hospital Nossa Senhora da Candelária, em virtude do problema hídrico. Nogueira era um dos que, na tarde desta segunda-feira, buscava água em uma bica situada no bairro Vila Santa Terezinha.
No mês passado, durante entrevista em seu gabinete, o prefeito de Itu, Antonio Luiz de Carvalho Gomes, o Tuíze (PSD), admitiu decretar estado de calamidade pública caso a crise de abastecimento afetasse o funcionamento de hospitais, creches e escolas.
A prefeitura de Itu negou que qualquer centro de saúde tenha registrado falta de água. Sobre o caso da hemodiálise, de acordo com informações passadas para a Secretaria Municipal de Saúde pela direção da clínica que abriga o serviço, houve um único e pontual caso no qual ocorreu a interrupção por uma hora na terça-feira passada (7). O problema, segundo resposta da prefeitura, foi contornado e não se repetiu. "As unidades de saúde, assim como creches e escolas, estão entre os pontos prioritários de abastecimento gerenciado pelo Comitê de Gestão de Água da Prefeitura", declarou o governo municipal em nota enviada por sua assessoria.
Fonte: Cruzeiro do Sul – 14/10/2014