A Fundação Pró-Rim, de Joinville, completa 20 anos de implantação do serviço de hemodiálise em Jaraguá do Sul, junto ao Hospital São José, e avaliou a trajetória junto ao empresariado na plenária da Acijs e Apevi de segunda-feira (11). O presidente da Fundação, Dr. Hercílio Alexandre da Luz Filho falou sobre o trabalho desenvolvido para beneficiar os pacientes renais da região nas últimas duas décadas, como também destacou o importante papel do empresariado jaraguaense na história do primeiro transplante renal com doador vivo feito pela equipe do Pró-Rim, em 1979.
Segundo o Dr. Hercílio, a Fundação Pró-Rim realiza por ano, em todas as suas unidades distribuídas por Santa Catarina e Tocantins, mais de 150 mil sessões de hemodiálise e já superou a marca de 1,2 mil transplantes renais. Em Jaraguá do Sul são mais de 60 pacientes em tratamento de diálise, atendidos por 26 funcionários, equipe integrada por médicos nefrologistas, psicólogo, nutricionista, assistente social, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
ANTERIOR – O vínculo da Fundação Pró-Rim com Jaraguá do Sul nasceu antes da inauguração da primeira unidade fora de Joinville. Foi na década de 1970 com a realização do primeiro transplante de doador vivo em Santa Catarina, que beneficiou uma paciente local.
Na época, Adele Bolomini, mulher de um colaborador da Weg, recebeu a doação do rim de sua mãe. A cirurgia inédita foi feita gratuitamente pelo médico Dr. José Aluísio Vieira, o Doutor Xuxo e os custos do hospital foram pagos pelo empresário Eggon João da Silva.
COMO ERA – Antes de implantar a unidade de diálise em Jaraguá do Sul os pacientes da cidade eram obrigados a viajar três vezes na semana para Joinville. A parceria com o Hospital são José possibilitou as atividades numa área de 350m2 e a partir de 2006 dobrou o espaço para os pacientes.
Adele foi a primeira a receber rim de pessoa viva no Estado
A Pró-Rim foi criada há 26 anos em Joinville e há 20 está em Jaraguá do Sul, que foi a primeira unidade criada fora da cidade-sede. De acordo com o presidente, Dr. Hercílio, a Pró-Rim tem como norte de atendimento proporcionar um tratamento diferenciado, digno e humanizado para os pacientes.
Tem uma das mais baixas médias de espera para transplante de rim do Brasil, seis meses. Em torno de 30% dos que estão na lista de espera são de outros Estados. O médico José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo, um dos fundadores do Pró-Rim, falou sobre o caso de Adele Bolomini, primeira paciente que recebeu rim de pessoa viva (da sua mãe) em Santa Catarina.
Ela tinha 15 anos e ficou mais de 24 anos com o rim doado. Teve rejeição, voltou a fazer hemodiálise e recebeu novo transplante. Já são 35 anos de tratamento. Adele continua morando em Jaraguá e diz que tem uma vida normal, teve filhos e netos. "Estou feliz", resume.
O Dr. Xuxo falou que fez a cirurgia pioneira de Adele às próprias custas e que o hospital foi pago pelo empresário Eggon João da Silva, na época, porque o marido dela trabalhava na Weg. Destacou também a forte parceria com o Hospital São José, de duas décadas.
Eggon (representado pela filha Márcia da Silva Petry), a Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul e o Hospital São José receberam o certificado de "Amigo do Pró-Rim".
RENOVAÇÃO – De acordo com o Dr. Xuxo, o Centro de Hemodiálise de Jaraguá do Sul deve renovar as máquinas. A Fundação Pró-Rim está modernizando o parque tecnológico para tratamento de pacientes com problemas renais. As 12 máquinas serão substituídas.
Fonte: Jornal do Vale do Itapocu – 13/08/2014