Hipertensão, um mal do rim

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Sem sintomas aparentes, a pressão alta não controlada pode causar insuficiência renal.
Poucas pessoas sabem, mas a relação entre a hipertensão arterial e a saúde dos rins é uma linha direta. Silenciosa, a pressão alta acomete milhares de brasileiros e a falta de cuidados com a doença tem grandes chances de afetar os rins. Os números são alarmantes, um em cada três adultos tem hipertensão arterial.

Metade das mortes por AVC (derrame) ou infarto (ataque do coração) é consequência da hipertensão. Essa doença foi responsável diretamente por 13% de todas as mortes no mundo, em 2004. O diagnóstico precoce e o maior acesso às medicações reduziu essa cifra para 31% em 2008 contribuindo, assim, para reduzir doenças renais, cardíacas e mortes.
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão arterial aumentada, é uma doença na qual os vasos que carregam o sangue oxigenado do coração para todo o corpo apresentam uma pressão em seu interior acima do normal. Na maior parte das vezes, a hipertensão não causa sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico. Dor de cabeça, falta de ar, tontura, dor no peito e sangramento nasal são alguns indícios comuns.
Em termos médicos, a pressão arterial normal de um adulto é 12 (120 mmHg), quando o coração bate (sistólica) e de 8 (80 mmHg) quando o coração relaxa (diastólica). É considerada hipertensão quando a pressão sistólica é igual ou superior a 14 (140 mmHg) ou a pressão diastólica é igual ou superior a 9 (90 mmHg).
Quanto mais alta a pressão arterial, maiores os riscos à saúde. Pessoas hipertensas têm mais chance de terem infartos, AVC, insuficiência cardíaca e problemas renais. Em estado normal, os rins filtram 25% de todo o sangue bombeado pelo coração. Nas pessoas hipertensas os rins são sobrecarregados. Ao longo do tempo, perdem lentamente sua função. Quando já existe a doença renal pela hipertensão, os próprios rins contribuem para o aumento da pressão, agravando a doença.
“A hipertensão não controlada pode prejudicar o rim, mas o uso contínuo de remédios para seu controle, não”, alerta o diretor-executivo da Clínica de Doenças Renais de Brasília, Dr. Evandro Reis. O especialista também afirma que 40% dos hipertensos possuem problemas renais.
Prevenção é o foco
Medidas como atividades físicas e dieta saudável podem ajudar a evitar e controlar a doença e suas consequências. A mudança no estilo de vida é fundamental, como parar de fumar, perda de peso, exercícios regulares (indica-se ao menos 40 minutos durante 5 dias na semana) e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
Também é preciso se atentar para um dos grandes vilões do organismo, o sal. Há muito tempo considerado como um dos condimentos principais para conservar alimentos e tempero onipresente na dieta cotidiana, hoje, se usado de forma excessiva, torna-se responsável por causar severos danos à saúde. Os rins têm papel-chave no círculo vicioso em que o organismo entra a partir do consumo excessivo de sal. Com isso, os órgãos ficam com mais dificuldade para excretar o excesso de cloreto de sódio, provocando péssimas consequências para o organismo.
Cuidados para controle da hipertensão arterial:
•Considera-se razoável que adultos com pressão inferior a 12 x 8 (120 x 80 mmg) tenham a pressão aferida a cada 2 anos.
•Já pessoas com pressão na faixa de 12-14 x 8-9, devem ter a pressão aferida anualmente.
•Aos já hipertensos, indica-se uma visita anual ao médico, com dosagens de glicose e creatinina no sangue e pesquisa de albumina na urina. Essas medidas mostram ao médico o estado de evolução da doença, para que se possa otimizar o tratamento.
•Quando há alteração de creatinina e presença de albumina na urina, é aconselhável procurar o atendimento de um nefrologista.
SERVIÇO:
Clínica de Doenças Renais de Brasília
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Site: www.cdrb.com.br 

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