Pacientes reclamam de falta de vagas para hemodiálise em Santarém

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Hospital Municipal está com número reduzido de máquinas, diz associação.
Eles acreditam que novo centro de tratamento poderia amenizar problema.
A Associação de pacientes renais crônicos de Santarém, oeste do Pará, reclama das dificuldades enfrentadas no setor de hemodiálise do Hospital Municipal. De acordo com os pacientes, além do número reduzido de máquinas para tratamento, eles também reclamam da falta de vagas.

Segundo a associação de pacientes, o setor de hemodiálise do Hospital Municipal de Santarém tem 10 máquinas, mas nem todas estão funcionando, o que teria levado a uma redução no tempo dos turnos. “Estão fazendo três horas e meia e o certo seria as quatro horas. Temos 10 máquinas, sendo que duas estão quebradas. O município se comprometeu em consertar uma e o estado se comprometeu em consertar outra. Estávamos sem técnicos para fazer a manutenção, mas agora já tem”, afirmou o presidente da associação, Miguel Maciel.
A secretária Claudia Goudinho relata que não conseguiu vaga para a mãe dela, que tem 69 anos e é paciente renal crônica. “Minha mãe precisa fazer hemodiálise três vezes por semana, não tem vaga. A previsão de vaga dela é para daqui a seis meses e ela é a 25ª em uma lista de espera. Por não ter essa vaga, ela vai precisar internar segunda-feira (10), esperando seis meses internada para essa vaga aparecer. Espero que essa situação reverta, porque não é só ela que está nessa situação. A gente está em uma situação que é torcer para alguém morrer e abrir uma vaga. Isso não é humano”.
A Associação dos pacientes renais crônicos acredita que um novo centro de tratamento poderia amenizar as dificuldades. “Dez máquinas no municipal não é o suficiente. Aqui [no municipal] o centro de hemodiálise é referência para toda a região, e o [Setor de Hemodiálise] hospital regional está com super lotação. Temos praticamente 200 pacientes lá [no regional] fazendo hemodiálise. O que o governo tem que fazer é abrir um novo centro com número suficiente de máquinas”.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que o órgão funciona em parceria com o governo do Estado, responsável pelos reparos de aparelhos e infraestrutura do prédio. A Semsa explicou que realiza a marcação dos procedimentos e que todo o atendimento é realizado no centro aos 50 pacientes renais crônicos e mais 15 internados em unidades hospitalares, provenientes da região oeste do Pará.
G1 – 07/02/2014

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