Simpósio oferece mais informações a participantes e familiares sobre doença renal

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Usuários da Clínica de Hemodiálise Dr. Monteiro Leite, em Belém, participaram neste sábado (19) de uma programação que incluiu palestras e atividades lúdicas com terapeutas ocupacionais, dentro do Simpósio de Nefrologia, promovido pela Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) nos dias 21 e 22 (segunda e terça-feira), das 8 às 17 horas, no auditório Dr. Ronaldo de Araújo, no bloco administrativo da instituição.

Os participantes aprenderam formas de prevenir e tratar a doença renal crônica. “Qualidade de vida para familiares e pacientes portadores de doença renal crônica”, “A importância da prevenção e do tratamento da doença renal crônica” e a “Importância da relação profissional de saúde, usuários e familiares” foram alguns temas abordados.
A psicóloga Carla Almeida destacou a importância do acolhimento aos pacientes renais crônicos e a seus familiares, como forma de garantir que os pacientes entendam a doença e aceitem o tratamento. “Quando descobrem a doença, os pacientes se sentem perdidos e impactados, por isso o suporte psicológico é tão importante”, enfatizou.
A terapeuta ocupacional Solange Rezende explicou que a terapia é necessária no enfrentamento dessa nova realidade. “A doença renal crônica muda a rotina do paciente e da família. Então, o que fazemos é ajudar, para que essas mudanças sejam vividas da melhor forma possível”, acrescentou.
Compromisso – A estudante Jacqueline Marques, 43 anos, acompanha a tia, Maria Oishi, 68 anos, que faz hemodiálise há aproximadamente um ano. Ela afirma que muitas coisas mudaram após o início do tratamento. “Acompanhar minha tia nas sessões de hemodiálise é meu compromisso mais importante. As tarefas de casa faço nos outro dias, porque o mais importante é cuidar dela”, declarou Jacqueline, que ressaltou a importância das palestras que assistiu. “Nós conhecemos um pouco mais sobre a doença, e assim vamos conseguir cuidar melhor dos nossos familiares”, afirmou.
Igino de Oliveira, morador do bairro da Terra Firme, falou sobre as mudanças que ocorreram desde que o filho, Adivaldo de Oliveira, 17 anos, começou a fazer hemodiálise há um ano e quatro meses. “Nós morávamos em Curralinho, no Marajó, e tivemos que mudar para Belém para poder tratar do nosso filho”, contou Igino.
Maria José da Costa, 55 anos, teve câncer no intestino, foi desenganada, mas fez cirurgia há cinco anos e agora controla a doença. Ela acredita que sobreviveu ao câncer para cuidar do marido, Ronaldo Santiago, 64 anos. “Foi uma surpresa quando descobrimos, pois não sabíamos nada sobre doença renal crônica. Saber que o meu marido vai ter que fazer hemodiálise para o resto da vida foi assustador”, disse ela, que aproveitou para ampliar os conhecimentos sobre a doença. “Acredito que Deus não permitiu que eu morresse de câncer para poder cuidar do meu marido, que Ele colocou cada médico e enfermeiro no nosso caminho, e me trouxe aqui para aprender mais sobre a doença renal crônica”, ressaltou.
Uma iniciativa do governo do Estado para ampliar a oferta de diálise colocou 100 novas máquinas em uso, mais de 40 só na Região Metropolitana de Belém. O Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, referência em Nefrologia, possui 16 máquinas de diálise, e o Centro de Hemodiálise Monteiro Leite, inaugurado em 2011, possui 35, com capacidade para atender 198 pacientes/dia.
Mais informações sobre o Simpósio de Nefrologia podem ser obtidas na Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP/GTEC) da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, pelo telefone (91) 4005-2591, ou pelo e-mail [email protected].
Fonte: Agência Pará – 21/10/2013 

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