Listas de espera por órgãos e hemodiálise não andam, revela paciente. Problema atinge capital e cidades do interior do Estado.
O Quadro Saúde, do Bom Dia Mirante, mostrou a dificuldade enfrentada por pacientes com insuficiência renal para conseguir tratamentos como hemodiálise ou mesmo a doação de órgãos em todo oMaranhão. A médica nefrologista Érika Carneiro comentou a situação no programa.
O quadro mostra a situação do paciente renal crônico Cláudio Leite, de 32 anos, que descobriu, em fevereiro deste ano, que apenas 9% dos rins funcionavam. Enquanto ele aguarda pela doação do órgão, tem também que esperar em outra lista de espera para conseguir fazer hemodiálise. Ele precisa do tratamento três vezes por semana, durante 4 horas por dia.
"Fui internado na UPA e depois no Hospital Carlos Macieira, onde fiquei internado sem necessidade para poder fazer a hemodiálise. Não tem vagas nas clínicas. Desde que eu entrei na lista, eu tô no número 82 e não sai dali", contou.
Em Imperatriz, o cenário é mais animador. Cerca de 350 pacientes, entre imperatrizenses, pessoas de municípios do Sul do Maranhão e até do Tocantins e Pará fazem hemodiálise nas duas clínicas especializadas em nefrologia da cidade. O atendimento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Cada paciente faz cerca de três hemodiálises por semana, uma média de 13 sessões por mês. O paciente custa ao SUS R$ 2.300,00 por mês. A alta demanda de pacientes provenientes de outros estados vem exigindo que sejam criadas mais 500 vagas em Imperatriz.
Já em Santa Inês, há 45 pacientes em tratamento, mas o Município não possui Centro de Hemodiálise. Por isso, eles têm que se deslocar a outras cidades como Bacabal e São Luíscom auxílio da prefeitura, que paga a passagem e dá ajuda de custo ao paciente e acompanhante. A expectativa é que o Hospital Macrorregional, construído pelo governo do Estado, com previsão de término das obras em 2015, ofereça o serviço na cidade.
Fonte: G1 – 24/07/2013
