Paciente de 47 anos está internada no PSM da 14 de Março, em Belém. Ela depende do aparelho de hemodiálise para sobreviver.
O Ministério Público do Estado deu um prazo de 10 dias para que a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) providencie um leito de UTI com hemodiálise para uma paciente internada no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março. A família está aflita com a espera.
Há uma semana, Flávia Suzane, grávida de 8 meses, luta para conseguir uma UTI com hemodiálise para a mãe. A espera não tem sido fácil. “No estado em que ela está lá no Pronto Socorro, não quero nem imaginar o que possa acontecer com ela lá. É uma corrida contra o tempo", afirma Flávia.
Aldenora Costa, de 43 anos, está internada na UTI do PSM da 14 de Março e depende do aparelho de hemodiálise para que o quadro de saúde dela não piore. De acordo com a família, os rins de Aldenora estão funcionando com apenas 5% da capacidade.
Os parentes procuraram o Ministério Público do Estado. Na segunda-feira (26), a promotoria enviou à Secretaria Municipal de Saúde um ofício para que a paciente seja encaminhada para uma UTI com hemodiálise.
“Assim como o caso da Aldenora, todos os casos que chegam ao Ministério Público é feito um ofício de urgência, para em 48 ou 72 horas garantir o leito para o paciente. Caso não seja atendido neste prazo, possivelmente o promotor deve entrar com uma ação judicial para garantir o atendimento de urgência e emergência”, afirma o promotor Waldir Macieira.
De acordo com a Associação dos Renais Crônicos do Pará, mais de 250 pessoas aguardam pelo tratamento de hemodiálise no estado, sendo 64 somente na capital. “A hemodiálise substitui a função dos rins, que é filtrar todas as impurezas, toxinas do organismo. Se não acontecer, os rins param, depois vai para o coração e ele para e é óbito”, explica Belina Soares, diretora da associação.
Segundo a Secretaria de Saúde do estado, existem 560 aparelhos de hemodiálise no Pará. Cada aparelho atende, em média, seis pacientes, e se os aparelhos do Pronto Socorro estivessem funcionando, a fila de espera dos pacientes seria bem menor.
O G1 entrou em contato com a Sesma, que ficou de se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: G1 – 29/08/2013