Prezados(as) Senhores(as),
Exatamente há um mês, a ABCDT enviou um ofício ao Ministério da Saúde concordando com o plano de atendimento ao paciente renal em sua concepção, mas advertindo que esse plano para se tornar viável precisa ter sustentabilidade financeira.
As Clínicas de Diálise do Brasil seriam as células mestras onde todo o plano se apoiaria, e sem a participação das clínicas dificilmente ele seria efetivado. Dessa forma, com argumentação de muito bom senso, mostrando a defasagem importante entre o que seria minimamente viável e o que foi proposto, a ABCDT deixou de forma clara e concisa a idéia de que algumas modificações deveriam ser feitas, a fim de que houvesse efetiva participação das Clínicas associadas no processo.
A Associação pediu, na ocasião que enviou o ofício, uma resposta oficial do Ministério quanto às reivindicações, mas infelizmente, após todo esse tempo, essa resposta ainda não foi dada. Também foi negado o agendamento de uma reunião para discutir o assunto pessoalmente. Assim as clínicas de diálise continuam em compasso de espera, vendo os custos aumentarem a cada dia, com dívidas se avolumando e sem antever qualquer perspectiva de melhora em curto ou médio prazo.
Até quando as clínicas conseguirão suportar? É preciso que o Ministério libere um reajuste emergencial no valor da sessão de hemodiálise e nos honorários do CAPD. Na hemodiálise, a pura e simples reposição da inflação dos últimos 10 anos já daria um pouco mais de fôlego, suficiente para continuar o trabalho. Na diálise peritonial, pelo menos o pagamento mensal de 2 e ½ sessões de HD.
Se não houver por parte do Ministério sensibilidade para entender e atender esses pleitos, teme-se que em breve serviços privados de TRS no Brasil acabem fechando suas portas por total incapacidade econômica financeira de se manter em atividade.
Atenciosamente,
Hélio Vida Cassi
Presidente da ABCDT